O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, afirmou nesta quarta-feira (27), em Zurique, que os contratos envolvidos no escândalo da prisão de José Maria Marin na Suíça foram assinados ainda sob a gestão do ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira. Marin foi um dos sete cartolas presos pela polícia suíça, atendendo a um pedido do FBI, nos Estados Unidos.
“Precisamos saber as razões para essa prisão”, disse, visivelmente irritado e depois de uma reunião de crise com os demais cartolas sul-americanos num hotel de luxo de Zurique. Segundo a Justiça americana, a base para a investigação é a corrupção em contratos de várias competições, inclusive a Copa do Brasil. administrada pela CBF.
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Del Nero saiu em defesa do acusado e de seu padrinho na entidade. “São contratos firmados antes da administração de Marin”, insistiu, defendendo seu atual vice-presidente. “Não tem nenhum contrato depois”. “Temos de saber a conduta. Eu não tenho a mínima ideia do que ocorre. Queremos saber o que passou”, declarou.
Ele reconheceu que a prisão de Marin não é boa para imagem da CBF, que fica afetada. “Não é algo bom, é péssimo”, admitiu o cartola. Questionado se ele sabia dos contratos sob investigação nos Estados Unidos, Del Nero se recusou a admitir qualquer envolvimento. “Eu era apenas o presidente da Federação Paulista de Futebol. Não sabia de nada”, completou.
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Del Nero, que assumiu o comando da CBF em abril, sucedendo o próprio José Maria Marin, explicou que ficou sabendo da prisão de seu ex-chefe por meio da esposa de Marin e que ele “está bem”. Ele Disse que não saberia se o cartola aceitará ser extraditado para os Estados Unidos.
O presidente também defendeu que o Congresso da Fifa e a eleição na sexta-feira sejam mantidos. “O Congresso precisa continuar”, completou. Na sexta, a entidade vai escolher seu novo presidente, que deve ser Joseph Blatter, candidato a mais um mandato sob a alegação de que seu trabalho no futebol mundial ainda não está completo, que terá como adversário o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein. Del Nero já indicou que votará pelo atual presidente da entidade. Ele considera que o suíço tem feito “um bom trabalho”.
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