Luiz Carlos Casagrande, presidente do Paraná, vai usar artifício financeiro para garantir ajuda do grupo Paranistas do Bem.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Paraná vai usar um artifício para contar com o dinheiro do grupo Paranistas do Bem e não correr o risco de ver a quantia parar na Justiça: tudo o que for repassado para o pagamento de salários será depositado diretamente na conta de jogadores, comissão técnica e funcionários, sem passar pelo clube.

CARREGANDO :)

Essa é a única forma de evitar que os valores sejam retidos e colocados em juízo por causa de ações trabalhistas.

“Os R$ 400 mil serão gastos somente no futebol, com o pagamento dos salários feito direto a eles [jogadores e comissão técnica], sem passar nada pela instituição Paraná Clube”, afirmou o presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha

Publicidade

A ajuda prometida pelo grupo que articulou a saída de Rubens Bohlen da presidência é de R$ 4 milhões para a disputa da Série B, com parcelas mensais de R$ 400 mil para o departamento de futebol.

O clube, no entanto, ficará devendo aos investidores. A quantia terá de ser devolvida, o que, na prática, torna o Paranistas do Bem um novo credor do clube.

“Serão feitos contratos similares ao de empréstimos, sem que haja cobrança de juros e sem data de retorno. Não será um dinheiro doado, será um empréstimo”, explicou Thiago Oliveira, presidente do Conselho Fiscal do clube.

Apesar de entrar paralelamente na contabilidade do Tricolor, os repasses estarão no balanço.

Dois integrantes do Conselho Fiscal acompanharão as ações do grupo e haverá uma reunião mensal de prestação de contas dos trabalhos.

Publicidade

“No dia 2 de cada mês deve ser feito o pagamento e, até o quinto dia útil, tem a reunião do Conselho [Fiscal] para a prestação de contas”, adiantou Casinha.

Ciente da desconfiança gerada pelo processo, Oliveira garante que a fiscalização será rigorosa. “A prestação das contas será responsabilidade do Conselho Fiscal, já que há muita gente com o pé atras com essa situação”, admite.