A menos de dois meses para o início da Série B, Rubens Bohlen ainda não realizou nenhuma reunião com o departamento de futebol tricolor para definir o planejamento relativo à principal competição do Paraná no ano.
O embate político que envolvia Bohlen e o grupo opositor “Paranistas do Bem” – que nesta quinta-feira anunciou ter desistido de investir R$4 milhões no clube em troca da renúncia do dirigente –, era um dos fatores que impedia o presidente de convocar a comissão técnica para debater o tema. Essa barreira não mais existe. O Paraná estreia na Série B no dia 9 de maio, contra o Ceará, na Vila Capanema.
“Ainda não tivemos reuniões específicas sobre a Série B. Quem sabe até pelo momento político que o clube atravessa”, confessou o técnico Luciano Gusso, na quinta-feira, antes da desistência oficial do grupo “Paranistas do Bem”.
Por causa do distanciamento do presidente, a questão do planejamento paranista para a Segunda Divisão vem sendo discutida apenas entre Gusso, o gerente de futebol, Marcus Vinícius, e o superintendente de futebol, Marcelo Nardi. “Temos tratado isso de forma muito mais interna”, ressalva Gusso.
A penúria financeira vivida pelo Tricolor afetou também o sistema de observação de possíveis reforços para a Segundona. Com os principais campeonatos estaduais do país alcançando suas retas finais, o Paraná não possui um olheiro sequer observando os certames.
“Hoje o Paraná não trabalha com observadores e é até uma situação que queremos implantar no clube. Mas temos a figura do Marcus Vinícius, que tem conversado com algumas pessoas, assim como eu, para que a gente possa, dentro da nossa necessidade, trazer reforços”, confia Gusso.
Apesar dos problemas, o técnico diz acreditar que a equipe que vem disputando o Estadual é capaz de formar uma boa base para o Paraná na disputa nacional. “Quem sabe, pontualmente, a gente possa trazer alguns atletas que venham para reforçar ainda mais esse grupo, que é jovem, mas tem atletas de qualidade. Temos ideia do que necessitamos e essa reta final do Estadual vai nos dar uma análise melhor ainda”, complementa Gusso.
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