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A resposta de Alex a pergunta de um torcedor do Atlético no Twitter repercutiu terça-feira (4). Questionado se aceitaria jogar no Furacão por uma "grana inexplicável", o ídolo alviverde foi taxativo: em hipótese alguma.

"Por grana nenhuma. Não jogo bola por dinheiro. Respeito demais o Atlético e minha história não me permite jogar lá", respondeu o camisa 10.

Ídolos do trio de ferro comentam se tem dinheiro que pague virar a casaca

Ao contrário de Alex, outros jogadores aceitaram o desafio de vestir a camisa rival do time que já haviam jogado antes no estado do Paraná. E não fizeram feio.Recorde alguns nomes que se destacaram por mais de um clube de Curitiba.

EDINHO BAIANO

Nenhum jogador alcançou o mesmo feito que o zagueiro Edinho Baiano: ser campeão nos três maiores rivais curitibanos. Único jogador da história a ser campeão paranaense por Paraná, Atlético e Coritiba (pela ordem), Edinho colecionou títulos e amizades nos três times. Pelo Tricolor, participou do timaço pentacampeão estadual em quatro conquistas, de 1994 a 1997. No ano seguinte, foi transferido para o Furacão, onde ganhou o Paranaense de 1998. Após passagem pelo futebol japonês, retornou ao estado, dessa vez no Coritiba, onde foi campeão em 2003. Só para aumentar ainda mais a marca de Edinho Baiano no futebol do estado, ele ainda jogou no Londrina no fim da carreira.

MARCOS AURÉLIO

Emprestado pelo Bragantino em 2006, Marcos Aurélio foi um dos destaques do Atlético no Brasileiro daquele ano. Mas o que mais marcou a passagem do atacante pela Baixada foi a vitória sobre o River Plate na Copa Sul-Americana. No primeiro jogo das oitavas de final, Marcos Aurélio marcou o gol da vitória por 1 a 0 no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, diante de um River que contava com as estrelas Higuaín e o colombiano Falcao García. No Coritiba, Marcos Aurélio conquistou títulos. Além dos Paranaenses de 2011 e 2010, o atacante foi uma das peças-chave do Coxa na conquista da Série B e do acesso em 2010.

RAFAEL

O goleiro talvez seja o jogador que mais tenha conseguido sucesso ao atuar por equipes rivais no futebol do estado, no caso, os maiores adversários: Atlético e Coritiba. Com o título de campeão paranaense em 1983 pelo Atlético, o arqueiro chegou ao Coritiba no final de 1984 para no ano seguinte ser a principal peça na conquista do maior título alviverde, o Campeonato Brasileiro de 1985. "Não tem nada mais difícil do que ser lembrado com carinho por rivais como coxas e atleticanos", revelou em entrevista recente à Gazeta do Povo.

LIMA

O atacante Lima não chegou a virar um ídolo de fato nem no Coritiba, nem no Atlético. Mas teve passagem marcante pelos dois rivais, com título: o Paranaense de 2003 pelo Coxa e o de 2005 pelo Furacão. No Alto da Glória, além do título paranaense, Lima foi um dos destaques na classificação do Coxa à Libertadores, com a quinta colocação do Brasileiro de 2003. Já no Atlético ficou marcado por ser o autor do gol do título de 2005 na Baixada, justamente sobre o Coritiba. No mesmo ano, também teve boa participação no vice da Libertadores do Furacão. Lima também passou pelo Paraná, mas sem deixar saudades.

HÉLCIO

Ao lado do zagueiro Jorjão e do atacante Pachequinho, o volante Hélcio fazia parte da boa safra de jogadores criados no Coritiba no fim dos anos 80, mas que pagou o preço pela pior crise da história no Alto da Glória. Sem receber no Coxa, onde foi reserva na conquista do Paranaense de 1989, aceitou proposta para jogar no Paraná, à época o clube mais rico do estado. Pelo Tricolor, conquistou os títulos de 1994, 1995 e 1996 na campanha do penta, além do Módulo Amarelo da Copa João Havelange em 2000. O Papa, como era apelidado pelos companheiros, nunca escondeu o carinho pelos dois times.

ZÉ ROBERTO

Zé Roberto não é um dos maiores ídolos do Atlético e Coritiba à toa: o atacante foi escolhido o melhor jogador do futebol paranaense de todos os tempos em votação da Gazeta do Povo de 2008. Considerado a maior revelação do São Paulo à época, Zé Roberto veio para o Furacão praticamente de graça em 1968 por ser um jogador problema. No primeiro ano com a camisa rubro-negra, foi o artilheiro do Paranaense com 24 gols – o que fez o São Paulo reintegrá-lo. Enquanto o Atlético tentava juntar dinheiro para trazer Zé Roberto de vez para a Baixada, o Coritiba fechou com o jogador em 1971. E já no primeiro jogo com a camisa alviverde ele não deu sequer oportunidade de ser questionado pela torcida de seu novo clube. Marcou um golaço no amistoso com o Rapid Viena, da Austrália, e foi aplaudido de pé. Na sequência, conquistaria os Estaduais de 1971, 1972 e 1973, além do Torneio do Povo em 1973 pelo Coxa.

LUCIO FLAVIO

Os torcedores mais novos talvez não se lembrem, mas o capitão do Paraná teve uma boa passagem pelo Coritiba. Uma das maiores revelações da base tricolor, o meia chegou ao Alto da Glória em 2002. Lucio Flavio conquistou o Módulo Amarelo da Copa João Havelange (o equivalente à Série B do Brasileiro) em 2001 pelo Tricolor e teve uma passagem pelo São Paulo entre 2001 e 2002. Mas foi no Coritiba que o futebol do camisa 10 ganhou repercussão, para na sequência ganhar mais destaque no Botafogo, entre 2006 e 2008. Em 2012, Lucio Flavio voltou ao Paraná, seu clube de coração.

SERGINHO CABEÇÃO

Meia-direita de habilidade, Serginho Cabeção, como era conhecido, passou a carreira rodando pelos clubes de Curitiba. Começou a carreira no Coritiba aos 12 anos, em 1977. No juvenil, foi para o Pinheiros. Estava na reserva do título paranaense de 1984 e foi titular no de 1987 – ainda foi vice duas vezes pelo Leão do Boqueirão, em 1985 e 1986. Depois de jogar em Portugal e no Grêmio, participou do timão do Coritiba campeão paranaense em 1989, ao lado de Osvaldo, Tostão e Chicão. No ano seguinte, se transferiu para o recém-surgido Paraná. Na Vila Capanema, fez história: participou do primeiro título do clube, o Estadual de 1990, além da conquista da Série B em 1992. Serginho ainda teve passagens curtas pelo Atlético e Londrina.

TUTA

A carreira do atacante Tuta ficou marcada pelo gol do título do Coritiba no Paranaense de 2004. Na comemoração, o centroavante fez sinal para a torcida do Atlético se calar na Arena da Baixada – o que conquistou a torcida alviverde e gerou irritação no lado rubro-negro. Mas antes de pedir silêncio na Baixada, Tuta fez muito barulho com a torcida rubro-negra. O atacante foi fundamental na quebra do jejum do Furacão de oito anos sem títulos no Paranaense de 1998, ao ser o artilheiro da competição com 25 gols.

CARLINHOS SABIÁ

Junto com o goleiro Marolla, o ponta-direita Carlinhos Sabiá foi o grande nome do Atlético após o esquadrão bicampeão paranaense em 82/83. O atacante contava com passagens por Cruzeiro e Flamengo, mas foi com a camisa rubro-negra que o futebol de Carlinhos emplacou. Craque do Atlético campeão paranaense de 1988, o ponta mostrou o carinho pelo clube quando chorou desesperadamente ao perder um pênalti na segunda das três partidas finais. Após passagem pelo Santos, voltou ao Atlético para ser campeão novamente em 1990. Mas no ano seguinte se transferiu para o recém-fundado Paraná . Na Vila Capanema, Carlinhos Sabiá também entrou para a história: participou do primeiro título tricolor, o Estadual de 1991, e da conquista da Série B do Brasileiro em 1992. Ainda jogou pelo Rubro-Negro em 1992 e 1993.

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