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Leonardo Oliveira, da situação, e Erivelto Luiz Silveira, da oposição, farão o bate-chapa paranista  semana que vem. | /
Leonardo Oliveira, da situação, e Erivelto Luiz Silveira, da oposição, farão o bate-chapa paranista semana que vem.| Foto: /

Dívidas trabalhistas ameaçam de interdição sede social do Paraná

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Venda de patrimônio, dívidas e penhoras, Profut, planos de salvação. Durante cerca de duas horas as chapas concorrentes à presidência do Paraná discutiram a realidade do clube e apresentaram seus planos de gestão para os próximos três anos de mandato em debate na noite desta quarta-feira (16), no salão social arrendado a uma empresa de eventos, na sede da Kennedy. A eleição do novo presidente será na próxima quarta-feira (23).

Cerca de 80 associados compareceram para ouvir o candidato de situação, Leonardo Oliveira, da chapa Reconstrução Tricolor, e o oposicionista Erivelto Luiz Silveira, da Paraná, o clube do futuro. Aproximadamente 20 dos presentes pertenciam à organizada Fúria Independente, que declarou apoio a Oliveira com aplausos após as falas do candidato.

Confira os principais pontos abordados.

Venda patrimonial

Candidato de situação, Oliveira não descartou a necessidade de venda de mais patrimônios como solução para o abismo financeiro. “Não é da nossa intenção tomar atitudes arbitrárias, mas demonstrar aos sócios nossa situação e as possíveis soluções”, ressalva.

Já o oposicionista Silveira descartou completamente qualquer perda patrimonial. “A ideia é transformar a sede da Kennedy em um complexo multiuso. O patrimônio não será vendido. Será potencializado para gerar receita para o clube”, explica.

Passivo trabalhista

Outro tópico em que houve discordância. Enquanto Silveira defende que o Paraná faça um acordo com o Ministério do Trabalho [MT] para quitar o passivo, Oliveira argumenta que, diante da atual situação financeira, tal acordo é inviável.

“Temos que contar com o ato trabalhista [acordo com o MT] para, em até 30 dias, blindar os patrimônios do clube”, argumenta Silveira. “Considero o ato trabalhista atualmente inviável. Para amarrar o ato, teríamos que dar garantias de pagamento. As receitas do Paraná hoje não permitem que o clube sequer mantenha suas unidades de negócio”, rebate Oliveira.

Profut

Mais um ponto de discordância é a nova lei de responsabilidades no futebol, o Profut. “Sabemos dos riscos de aderir ao Profut e depois não pagar. Cerca de 15 clubes da Série B estão pensando em não aderir”, indicou o situacionista Oliveira.

Já Silveira afirmou que o objetivo da oposição é tentar adiar o prazo de novembro de 2015 para aderir ao programa ano que vem. “Estamos trabalhando com parceiros em Brasília para que o prazo seja mudado para novembro de 2016”, promete.

Promessas

Enquanto Oliveira adotou postura mais moderada, a oposição prometeu um plano para arrecadar R$ 50 milhões em três anos de mandato, por meio do Passaporte Tricolor, espécie de smartcard para uso do torcedor. “O torcedor poderá, através do celular, comprar ingressos, entre outros serviços. Teremos 200 pontos de venda e esperamos vender 50 mil passaportes, que nos trarão mais ou menos R$ 50 milhões”.

“Vamos criar um portal de transparência para que o torcedor saiba da real situação do clube e posso nos ajudar com as soluções. Construiremos juntos as soluções para não ter que empurrar problemas com a barriga no futuro”, discursa Oliveira.

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