Antes de entrar em campo ontem, o Paraná tinha como proposta repetir a mesma apresentação que fez contra o Vitória, então líder da Série B, na rodada passada triunfo por 3 a 1. Mas tão logo a bola rolou, a sucessão de erros deixou claro que não era o mesmo Tricolor. Sem inspiração, o time de Toninho Cecílio voltou de Goianinha derrotado pelo América-RN por 2 a 1. E, pior, com o gosto amargo de não se reconhecer no gramado.
Frustrado por ver o planejamento de um jogo equilibrado ruir ainda na etapa inicial, o técnico Toninho Cecílio atribuiu o mau desempenho à falta de "lucidez técnica". Isso porque, sem conseguir manter a posse de bola no ataque, o time não deu a estabilidade necessária para que a defesa pudesse impedir as subidas do trio Netinho, ex-Atlético, Isac e Lúcio. "Houve muita afobação. A gente está muito incomodado com essa história de não ganhar fora", cravou o treinador. "Faltou ser mais aguerrido, ir para a disputa individual", emendou.
E se o problema para o Tricolor é jogar fora dos próprios domínios dos 45 pontos disputados longe da Vila Capanema, o time conquistou apenas oito , o treinador já se adiantou em defender o que será, na próxima rodada, o lar paranista. A equipe vai receber o Criciúma sábado no Couto Pereira, estádio do rival Coritiba, porque o Durival Britto foi alugado para um show.
"O Couto tem um excelente gramado, como a Vila Capanema. Esse é o nosso último problema. Nosso desafio é recuperar a parte física desses jogadores", afirmou Cecílio, que se mostrou bastante preocupado com a apatia tricolor nos jogos como visitante. O técnico cogita, inclusive, alterar a logística das viagens para que o elenco se mostre forte também longe de Curitiba. "Eu vou ter de mudar alguma coisa contra o Ceará [23/10]. Dar mais descanso, viajar antes, mexer na formação", disse, sem saber qual o caminho certo a seguir.