A venda da subsede do Taru­­mã por R$ 30 milhões em leilão realizado em abril de 2013 começa a dar resultados concretos ao Paraná. Depois de ter um projeto aprovado pelo Ministério do Esporte via Lei de Incentivo, o clube deu um passo importan­­te para acertar as finanças no futebol: vai receber R$ 2 milhões de patrocínio da Caixa Econômica Federal até dezembro deste ano.

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O Tricolor buscava esse acerto com o banco estatal desde 2012, mas vinha esbarrando nas dívidas com o governo federal. Com a verba do leilão, pagou parte do que devia, renegociou outro tanto e, assim, conse­­guiu as certidões negativas de débitos que travavam as negociações.

"Ter um patrocínio da Cai­­­­xa na camisa é uma grandiosidade. É algo que almejamos há um bom tempo. E certamente outros patrocinadores virão a reboque", comemorou o presidente Rubens Bohlen, que ainda será chamado pela Caixa para formalizar o contrato – a autorização de patrocínio foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem.

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Os R$ 2 milhões estão no mesmo patamar de outros clubes da Série B do Bra­­sileirão, como o Avaí (R$ 1,75 milhão) e Atlético-GO (R$ 2,4 milhões), mas abaixo dos rivais Atlético e Coritiba, que recebem R$ 6 milhões cada.

O valor mensal que será repassado ao time da Vila Capanema é de R$ 166 mil, montante bem superior aos R$ 30 mil que recebia de apoios pontuais fechados durante a disputa da Série B. Foram 15 partidas com a camisa estampando marcas de diversos segmentos. Teve torcida organizada, restaurantes, imobiliária, adega, cartão de benefícios e até mesmo um cemitério.

Apesar de a verba ainda não ter caído na conta do Pa­­raná, o acordo é um demonstrativo de que o cofre do clube anda mais cheio e aumenta as perspectivas de brigar pelo acesso à Série A. "Isso deixa claro que o clube está saneado e estamos conseguindo isso com méritos próprios", revelou Bohlen.

Isso não significa, no entanto, que tudo está resolvido. Os R$ 30 milhões do leilão ajudaram e continuam ajudando, mas o acúmulo de débitos ao longo dos anos ainda cobra o preço.

"Todos os clubes têm suas dificuldades, nós temos as nossas. É um desafio, mas vamos conduzindo isso internamente", completou o presidente tricolor.

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