O Paraná teve um herói improvável na vitória por 2 a 0 sobre o Luverdense, sábado, em Lucas do Rio Verde. O atacante Carlinhos, autor de um gol e de uma assistência no duelo contra o Verdão do Oeste, por pouco não deixou o Paraná no mês de junho, durante a parada da Copa. Na ocasião, o prata da casa alegou atrasos salariais e desvalorização para pedir na Justiça a rescisão de contrato com o Tricolor, então comandado por Claudinei Oliveira.
Quatro meses depois após mudar de ideia e seguir no clube a chance dada pelo treinador Ricardinho na equipe titular rendeu uma reviravolta na história do jovem goleador na Vila Capanema.
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"Em seis anos de clube, o Carlinhos nunca passou por uma situação cômoda no Paraná. Então, teve um momento em que ele se estressou e a cobrança era por uma maior valorização. É um jogador identificado com o clube e que cumpriu bem todas as suas etapas no time. Ele nunca chegou a sair do Paraná", justifica Carlos Nunes, pai de Carlinhos e treinador de futebol.
Tímido e avesso a entrevistas, Carlinhos, que subiu para o profissional em 2013 e logo foi artilheiro do time no Estadual daquele ano, busca agora se firmar na equipe.
Para que isso aconteça, porém, o jogador entende que terá de suportar os problemas extracampo que têm assolado os paranistas nos últimos anos em especial, as dificuldades financeiras que acarretam em salários atrasados.
"Ele assimilou muita coisa calado, ouviu sem se rebelar e, então, teve um momento de estresse. Mas depois, teve a paciência de esperar pelo lugar dele. A maior torcida é para que o clube possa sair dessa situação financeira", afirma Nunes.
Após a boa atuação contra o Luverdense, Ricardinho elogiou o desempenho de Carlinhos, mas fez questão de dar o recado para o pupilo.
"O Carlinhos é um jovem que já teve oportunidades, mas não conseguiu se firmar. O futebol só tem espaço para o vencedor. Ele é jovem ainda, mas já tem de ocupar o espaço dele", cobrou o técnico.