Centroavante do Paraná afirma que fará a diferença na área

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Os dois gols de Giancarlo e o de Paulinho sobre o Operário evitaram mudanças radicais e quase inevitáveis no Paraná. A vitória por 3 a 1, que veio depois de três derrotas consecutivas no Paranaense, salvou a pele do técnico Milton Mendes e de alguns jogadores do elenco. Ao menos por enquanto.

"Todos nós sabíamos que um resultado negativo significaria mudança, seja na diretoria, na comissão técnica, em jogadores saindo. Foi uma semana de pressão em todos os aspectos", revelou à reportagem da Gazeta do Povo o atacante Giancarlo, que balançou a rede no segundo jogo dele no retorno ao Tricolor – passou em branco na estreia diante do Cianorte.

A semana passada foi tensa pelos lados da Vila Capanema. E não só para o treinador. O time precisava de gols para voltar a vencer e há três partidas não acertava a pontaria. Naturalmente, a responsabilidade recaía sobre o centroavante contratado às pressas para resolver. "O camisa 9 é o cara que tem de fazer o gols. Em todo lugar é assim. Estou acostumado."

Em meio a essa pressão, jogador e técnico se uniram. Um resultado positivo – de preferência com gol de Giancarlo – aliviaria para os dois lados. Conversaram bastante para ajustar o que faltava para que a bola chegasse ao atacante em condições de finalizar. E isso, claro, na zona de conforto dele, que é dentro da área.

"Ele [Mendes] já sabe que é ali que vou fazer a diferença", disse. "Ele é uma pessoa que está querendo mostrar o trabalho, tem dado o melhor para o Paraná. Vejo coisas boas nele, ele está procurando fazer uma família aqui no Paraná. Infelizmente, os resultados não estavam vindo", completou.

Os dois, aliás, já haviam conversado mesmo antes de Giancarlo desembarcar em Curitiba. Dois telefonemas antes da contratação e já haviam alinhado o início dessa relação. Sem conhecer as características do atacante, Milton Mendes arrancou pelo telefone tudo o que pôde para imaginar um Tricolor com o camisa 9 em campo.

Na primeira partida, diante do Jotinha, não funcionou. Contra o Operário, a história foi outra, com alteração no esquema tático, povoando o meio de campo para municiar o atacante. "A bola tem de chegar com qualidade. Estamos trabalhando nisso. É o começo", finalizou Giancarlo.