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Paulo Sérgio, autor do primeiro gol, comemora com Kayke, que vez o segundo na vitória tricolor por 3 a 1 na Vila Capanema | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Paulo Sérgio, autor do primeiro gol, comemora com Kayke, que vez o segundo na vitória tricolor por 3 a 1 na Vila Capanema| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Kayke estreia com gol

A noite na Vila Capanema teve gol de estreante. Kayke, cujo último clube tinha sido o Aalborg da Dinamarca, recebeu um presente de Ricardo Conceição para fazer o segundo gol do jogo, aos 35 minutos do segundo tempo. "Muito bom estrear assim com gol", comemorou o camisa 7. Kayke reviveu ontem a dupla de ataque dos seus tempos na base do Flamengo, com Paulo Sérgio, autor do gol do inaugural da partida.

A vitória paranista com uma atuação convincente sobre o Boa, adversário direto na briga pelo G4, por 3 a 1, foi eclipsada pelos problemas financeiros do clube, escancarados pelo técnico Dado Cavalcanti, o meia Lúcio Flávio e o vice-presidente Paulo César Silva após o jogo de ontem na Vila Capanema. O trio apontou pendências com o pagamento de jogadores, funcionários e comissão técnica, situação crônica há cerca de uma década no clube.

"Existem funcionários com dois meses de salários atrasados, alguns jogadores e a comissão técnica também estão com atraso. Alguns jogadores fazem uma cota para ajudar os funcionários que estão com mais dificuldades. A equipe, acima de tudo, se mostrou guerreira. Numa situação dessas é hora de abrir o jogo", afirmou o técnico Dado Cavalcanti, que não respondeu perguntas em sua coletiva, fazendo apenas um pronunciamento.

O treinador ressaltou a qualidade do grupo, atualmente em quarto na Série B, com 26 pontos, posição que daria o tão sonhado acesso à elite, mas lamentou a falta de um patrocinador máster definitivo. "Temos todas as condições de subir. O Paraná é time grande e não pode passar o ano sem patrocínio máster na camisa. Apesar de elenco qualificado, nossa folha é pequena. Três jogadores do Palmeiras pagam nossa folha. O Paraná precisa ajuda de empresário paranista e do torcedor. O clube vive de renda e o valor que entra não é suficiente", disse o treinador.

O público na Vila Capa­­nema foi pouco superior a 4,5 mil pessoas, mas bastante inferior à meta estipulada de ter de 7 a 8 mil pagantes. A situação preocupa a diretoria, que põe em dúvida se o Tricolor terá fôlego financeiro até o fim do campeonato. "Fazia tempo que não tínhamos um elenco que desse resposta em campo. Torcedor, ninguém é mais paranista que você e eu. Não é admissível só 4 mil pessoas com nosso time no G4. Quero agradecer pessoas que vieram hoje [ontem]. Tá difícil. Não sei se vamos chegar", desabafou o vice Paulo César Silva, atualmente na presidência enquanto Rubens Bohlen se recupera de problemas de saúde. "Se a torcida e os empresários não se aproximarem, não volta [à Série A]. Não existe milagre. Torcida, não abandone o Paraná. Eu sinto que está abandonado", completou Silva.

Dentro de campo, Lúcio Flávio, autor do terceiro gol (Paulo Sérgio abriu o placar, Kayke fez o segundo e Fernando Karanga diminuiu), correu em direção ao massagista Gilmar Ribeiro na comemoração e lhe deu um abraço. Além do funcionário ser aniversariante, a comemoração foi também um desabafo. "Este gol foi para o Gilmar, que representa todos os funcionários. Eles passam por grandes dificuldades no dia a dia", afirmou o capitão.

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