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Dado Cavalcanti tem uma missão árdua na sexta, quando o Paraná encara o Boa | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Dado Cavalcanti tem uma missão árdua na sexta, quando o Paraná encara o Boa| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Tricolores

Desfalque

O zagueiro Anderson é desfalque certo para o Paraná no jogo com o Boa Esporte, sexta-feira, às 21h50, em Varginha. O jogador voltou a sentir a panturrilha direita no empate com o Palmeiras, no sábado, e está vetado pelo departamento médico.

Chance

O meia Paulinho Oliveira deve ganhar uma nova oportunidade no time titular do Paraná. Na entrevista coletiva de ontem, o técnico Dado Cavalcanti praticamente confirmou a escalação. O mais cotado para deixar a equipe é o meia-atacante Kayke, substituído no sábado.

Ao entregar o cargo, no sábado, após o empate com o Palmeiras, Dado Cavalcanti pre­­tendia criar um "fato novo" no Paraná. Com a permanência do treinador, demovido pela diretoria, restou ao Tricolor administrar o "fato velho".

Ontem, depois da folga no domingo, jogadores, dirigentes e comissão técnica reuniram-se na Vila Olímpica para rediscutir o momento da equipe. Os paranistas ocupam o 7.º lugar da Série B, com 51 pontos, a dois de distância do G4.

O encontro aconteceu antes do treinamento e serviu para os atletas reiterarem a confiança no comandante: "Va­­mos correr por ele". No sábado, os boleiros souberam apenas pela imprensa da possibilidade de mudança e alguns reagiram mandando mensagens de apoio via celular.

"O Dado é importante para nós. Nós nos posicionamos e dissemos que enquanto a gente tiver chance, queremos o Dado conosco. Se o Paraná tem chance ainda é muito pelo trabalho dele", resume o volante Ricardo Conceição. A marca para o acesso é 64 pontos. Restam cinco rodadas.

Antes da reunião, Dado deu, finalmente, sua versão sobre o confuso pós-jogo no Durival Britto. "Conversei com a diretoria e a questão foi simples, o que queremos é que o Paraná suba, e se eles quisessem fazer qualquer tipo de troca, que ficassem à vontade", afirma.

Os vice-presidentes Paulo César Silva e Luiz Carlos Ca­­sa­­grande e o gerente de futebol, Alex Brasil, apelaram pela permanência. O superintendente Celso Bittencourt e o presidente Rubens Bohlen, que deixaram a Vila logo que o jogo terminou, foram chamados por telefone e engrossaram o coro.

"Sempre em seguida da partida não podemos tomar uma decisão. Você está no emocional. O Dado estava muito triste, achando que era o culpado. Todos somos. Se o time subir, todos sobem. Se não subir, todos não sobem", comenta Paulo César Silva.

O rompante não é novidade para quem convive com o técnico de apenas 33 anos – um dos mais jovens do país. Quando o Tricolor não vai bem, o pernambucano costuma reagir com intensidade. Fora de casa, na concentração, muitas vezes se tranca no quarto e reaparece somente no check-out da delegação.

Agora, Dado terá de saber aproveitar o "fato novo" que envelheceu rapidamente – na sexta, o Tricolor pega o Boa, às 21h50, em Varginha. "Só o fato de chamar um pouco a responsabilidade, de os jogadores se manifestarem, já é algo diferente do cotidiano, diferente do normal, das outras semanas, não deixa de ser um fato novo", diz.

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