O técnico interino Fernando Miguel conversa com os jogadores do Paraná antes do treino.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
João Quitéria, vice-presidente de marketing, Vavá, superintendente de futebol, e Fernando Miguel, técnico interino, após reunião com os jogadores n o CT Racco.
Durval Lara Ribeiro, o Vavá, nega traição a Fernando Diniz: “Manda quem pode, obedece quem precisa”.
Fernando Miguel conversa com o gerente de futebol Mathias Lamers, um dos homens de confiança de Carlos Werner.
Fernando Miguel comanda o primeiro treino.
Trazido por Fernando Diniz, o atacante Carlão lamentou a saída do treinador.
Ex-jogador do Paraná, Fernando Miguel será integrante da comissão técnica permanente de 2016.

A diretoria do Paraná aproveitou o treinamento de segunda-feira (29), no CT Racco, para explicar ao elenco os motivos da demissão repentina do técnico Fernando Diniz e pedir apoio para o trabalho do interino Fernando Miguel, que deve comandar o time até o fim da Série B. Nesta sexta-feira (2), às 19h30, o clube volta a campo contra o Criciúma, fora de casa.

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O encontro da cúpula com os atletas durou cerca de 40 minutos e contou com a presença do investidor do Paranistas do Bem, Carlos Werner; o superintendente de futebol, Durval Lara Ribeiro, o Vavá; o vice-presidente de marketing, João Quitéria; e o gerente de futebol, Mathias Lamers; além do próprio Fernando Miguel, que já vinha trabalhando como auxiliar técnico do clube desde o início da Segundona.

“Fizemos apenas a apresentação do Fernando Miguel [como treinador interino]. Além disso, pedimos o apoio dos jogadores para o trabalho do Miguel e aproveitamos para agradecer o que vem sendo feito”, explicou Werner.

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Momentos antes da reunião com a diretoria, os próprios jogadores do Tricolor admitiram que a notícia da saída de Diniz abalou o plantel. “A gente fica meio abalado, meio assustado, porque não esperava realmente”, admitiu o atacante Carlão, que chegou ao clube justamente após indicação direta de Diniz.

Ainda segundo o atacante, a surpresa maior acontece porque o time estaria evoluindo, mesmo com os resultados ruins nas últimas rodadas. “Temos de absolver isso logo. Futebol é muito rápido e não dá tempo de lamentar. É como as pessoas dizem, é mais fácil trocar um do que trocar 30”, lamentou.

O zagueiro Luciano Castán adotou o mesmo discurso. “Não esperávamos essa notícia, o Diniz era bastante querido pelo grupo, estávamos fechados com ele”, enfatizou o defensor, que lembrou ainda que quando o treinador assumiu o clube estava somente a um ponto da zona de rebaixamento.

TABELA: Veja a classificação da Série B

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O argumento utilizado pela diretoria de que a saída de Diniz está relacionada ao planejamento para 2016 deixou também o grupo preocupado com uma eventual lista de dispensas. Grande parte dos jogadores contratados para a Série B tem contrato somente até o encerramento da disputa.

A diretoria não confirma a situação e prefere não citar nomes, mas a tendência é de que o Tricolor comece a definir desde já com quem pretende ficar para 2016.