O dinheiro coletado pela torcida do Paraná na vitória sobre o Bragantino sábado (23) será doado pelos jogadores aos funcionários da Vila Olímpica do Boqueirão. No total, a "vaquinha" rendeu R$ 7 mil, entregues ao capitão Lucio Flávio.
"A gente se reuniu decidiu que esse dinheiro, praticamente em sua totalidade, será distribuído entre os funcionários do Boqueirão. Foi a maior concordância entre nós", confirma Lúcio Flávio.
O camisa 10 ainda comentou a dificuldade por que passam os trabalhadores do clube, devido aos atrasos salariais, que em alguns casos ultrapassam quatro meses - nas outras sedes, alguns casos chegam a seis meses de atraso.
"Há situações bem complicadas, que preferimos não comentar, especialmente do pessoal mais antigo do clube. Ainda hoje alguns funcionários receberam parte dos atrasados. Mas a gente espera que a situação possa melhorar", revela o meia.
O atraso de ordenados dos funcionários do clube é generalizado. Mês passado, os trabalhadores da sede da Kennedy chegaram a realizar uma paralisação, para cobrar a diretoria. Nesta terça-feira, as arquibancadas do setor social da Vila Capanema acumulavam o lixo da partida contra o Bragantino os responsáveis pela limpeza não terminaram as atividades segunda-feira justamente para ir até a sede social do clube cobrar os dirigentes.
No Ninho da Gralha, centro de treinamentos das categorias de base do clube, a situação não é diferente.
Os próprios jogadores ameaçaram paralisar as suas atividades caso a diretoria não quitasse ao menos parte de seus salários atrasados, que chegavam a quatro meses. Em acordo com os mandatários e com a presença de membros do Sindicato dos Atletas Profissionais semana passada, a possibilidade de greve foi dissolvida. Ao menos por enquanto: os atletas receberam parte do dinheiro semana passada e esperam, até o dia 5, contar com a outra parte do montante prometido pelos representantes do clube.
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