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Fim de linha para o Paraná na Copa do Brasil: jogadores mostram abatimento após o fracasso nos pênaltis contra o Jacuipense. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Fim de linha para o Paraná na Copa do Brasil: jogadores mostram abatimento após o fracasso nos pênaltis contra o Jacuipense.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O primeiro jogo do Paraná após a entrada do grupo Paranistas do Bem na diretoria do clube delineou um futuro sombrio para a equipe tricolor no restante de 2015.

Após perder por 1 a 0 no tempo regulamentar, o Paraná foi derrotado pelo modesto Jacuipense-BA na disputa de penalidades máximas (5 a 4) e foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, nesta quinta-feira (23), na Vila Capanema. O Tricolor havia vencido o jogo de ida por 1 a 0.

O atacante Nadson anotou o gol do duelo, aos 28 minutos do segundo tempo. Nos pênaltis, Cleiton desperdiçou a quinta cobrança paranista. Na sequência, coube ao próprio Nadson converter a derradeira penalidade e garantir a classificação do time baiano, que enfrentará o Náutico na segunda fase da competição.

LANCE A LANCE: Veja como foi Paraná 0 (4) x (5) 1 Jacuipense

Para o técnico do Paraná, Luciano Gusso, o time sentiu a pressão pela baixa média de idade da equipe. O treinador também admitiu que o vexame histórico na Copa do Brasil pode precipitar a lista de dispensas no elenco tricolor.

“Não contávamos com isso. É difícil não sentir um momento como esse. Diante da nossa juventude, sentimos a pressão de um jogo decisivo na Vila. Não subestimamos o adversário, mas isso faz parte do amadurecimento destes atletas mais jovens”, tentou explicar Gusso, após o confronto.

“Temos consciência da oportunidade que foi dada a estes atletas. Alguns deles não aproveitaram e não ficarão. Infelizmente, futebol é assim. Sabemos que a pressão vai aumentar sobre o nosso trabalho”, complementou o treinador, que diz não temer por seu cargo e confiar na chegada de reforços experientes para a Série B do Brasileiro.

O Tricolor estreia na Segundona em casa, no próximo dia 9, contra o Ceará. “Temos que encarar a nossa realidade agora”, resumiu o capitão Lúcio Flávio, ainda em campo, enquanto observava os jogadores do Jacuipense celebrarem a inédita conquista. A realidade da equipe de Riachão do Jacuípe, cidade do interior da Bahia, aliás, é de equipe semiamadora.

“A gente fala para os jogadores que ninguém vai ganhar dinheiro jogando aqui, ninguém vai conseguir sustentar família. Mas pode ser uma ponte para algo melhor”, desabafou Clébson Santos, técnico do Jacuipense. “O interior da Bahia está em festa. A gente treina em campo de sete pra jogar em campo de onze. Esse era o jogo da nossa vida”, prosseguiu o treinador.

Chave do jogo

Superação baiana. Sem estrutura, o time baiano chegou desacreditado à capital paranaense. Antes do jogo, precisou treinar em campo de Futebol de Sete. Mesmo assim, eliminou o Tricolor.

Craque

Bruno

No primeiro tempo, lateral-esquerdo. Na etapa complementar, meia. Nas duas posições, Bruno infernizou a zaga paranista. Foi dele a assistência para o gol de Nádson.

Bonde

Bianor

Nervoso durante toda a partida, o garoto não passou segurança na zaga tricolor. No gol de Nadson, ficou estirado no chão enquanto o experiente artilheiro colocava no fundo das redes.

Guerreiro

Pezão

Nas poucas chances que o Paraná criou, o goleiro estava lá para salvar o Jacuipense. No segundo tempo, defendeu lance à queima roupa do volante Jean. Nos pênaltis, defendeu a última cobrança paranista.

Gols

2º tempo

0 x1: 28 min.: o atacante Nadson recebeu na área, deixou o zagueiro Bianor no chão e, com categoria, deslocou Marcos para marcar.

Pênaltis

Paraná: Lúcio Flávio (o), Ricardinho (o), Paulo Henrique (o), Osmar (o) e Cleiton (X).

Jacuipense: Marclei (o), Bruno (o), Thiago Lima (o), Edcarlos (o) e Nadson (o)

  • Todo mundo perfilado para cantar os hinos na Vila Capanema, inclusive a Gralha Azul, mascote paranista, que se colocou ao lado do goleiro Marcos.
  • Desde o início, a apresentação do Paraná não estava agradando ao técnico Luciano Gusso, que cansou de passar instruções e reclamar dos lances errados do time na beira do gramado.
  • Yan Philippe, cria das categorias de base do Paraná, no meio de dois marcadores do Jacuipense: Paraná teve dificuldades para achar espaços.
  • Como os atacantes demoraram para mostrar serviço, o zagueiro Cleiton tentou contribuir lá na frente também. Não resolveu muito. No fim, perdeu o pênalti que tirou o time da Copa do Brasil.
  • O volante cabeludo Ricardinho tenta a jogada na Vila Capanema, naquela que pode ter sido sua última partida pelo Tricolor.
  • Ausente na eliminação do Paraná do Estadual, por ter sido expulso no jogo de ida contra o Operário, no Couto Pereira, Rossi voltou ao time titular. Ficou longe de brilhar. Foi substituído por Osmar no segundo tempo.
  • O capitão Lúcio Flávio era dúvida para a partida com o Jacuipense, acabou entrando como titular, mas não teve melhor sorte do que os companheiros: noite de pouco futebol do Tricolor.
  • Os jogadores do Jacuipense comemoram o gol que levou a decisão da vaga na segunda fase da Copa do Brasil para os pênaltis na Vila Capanema.
  • Placar final no Durival Britto: gritos de “vergonha” ecoaram no estádio com a derrota para o modesto Jacuipense.
  • Tensão entre os paranistas antes das cobranças de pênalti. Eliminação dolorida dentro de casa.
  • Marcos vê a bola entrando na meta durante as cobranças de penalidades máximas: o Jacuipense acertou as cinco tentativas.
  • Fim de linha para o Tricolor na Vila Capanema: 5 a 4 para os baianos nos pênaltis, após vitória dos visitantes por 1 a 0 no tempo normal.
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