A eleição da próxima quarta-feira (23) define o novo presidente do Paraná. Veja o que planejam o candidato de situação, Leonardo Oliveira, da chapa Reconstrução tricolor,e o da oposição, Erivelto Luiz Silveira, da Paraná, o clube do futuro, para a próxima gestão paranista.
ENQUETE: quem você quer que vença a eleição do Paraná Clube?
Futebol ou social. Qual a sua prioridade?
Minha prioridade é o Paraná. O clube, na minha visão, é um clube de futebol, que possui um social muito forte. Então, temos de respeitar as características e manter todas as suas atividades – desde que viáveis e autossustentáveis.
Futebol. Sem dúvidas. Nossa paixão e amor pelo Paraná sempre se iniciou pelo futebol. Mas, para isso, vamos trabalhar de maneira muito forte na montagem de uma equipe para, no Paranaense de 2016, termos uma espinha dorsal de 13 a 15 atletas que venham a vestir a camisa como titulares. E, a partir disso, com gestão integrada, trazer o restante dos atletas da base.
Qual a estratégia para administrar um clube com tantas dívidas, penhoras e bloqueios de receitas?
As dívidas e penhoras têm de ser sanadas independentemente da chapa que vença a eleição. Não é mais possível administrar o clube da mesma forma, e isso é comprovado pelos leilões que sofremos. O Paraná não tem mais estrutura para perder novos bens em leilões.
A primeira passa pela elaboração, apesar de termos tempo escasso, de aproximadamente 30 dias, do ato trabalhista [acordo com o Ministério do Trabalho que unifica as dívidas trabalhistas do clube], que nos dará uma certa tranquilidade para tocarmos nossos projetos. Junto com as parcerias e nossos investidores, esses projetos serão o suficiente para negociarmos e tratarmos caso a caso as nossas dívidas.
O que o credencia à presidência?
O principal fator é o conhecimento que tenho da realidade do clube. A forma como venho atuando me credencia para ser o futuro presidente. Deixo nas mãos dos sócios essa avaliação também. Já demonstrei nos últimos meses [como vice-presidente financeiro] como pretendo administrar o Paraná, minhas convicções, as estratégias que temos para resolver os problemas e a transparência que queremos dar ao clube.
Em primeiro lugar, o amor e a paixão que tenho pelo nosso clube, que nasce na família de meus avós, que já residiam aqui próximos à sede da Kennedy, em uma das ruas próximas. Nasci e me criei aqui, torcendo pelo Paraná.
Qual a sua história no Paraná?
Minha história é longa. Sou torcedor desde a fundação do clube, já passei nas áreas administrativas da base e pelo futsal. Hoje, atuo como vice-presidente financeiro. Então, a minha história dentro do Paraná é de dedicação e pretendo colocar mais um cargo nessa história, que é o de presidente.
Entrei no clube, na participação administrativa, há aproximadamente 20 anos. Fui um dos trabalhadores, gestores, do atual Ninho da Gralha. Na sequência, atuamos em muitas frentes. Fui presidente por duas gestões do Conselho de Obras, em que trabalhamos no projeto de construção dos camarotes da Vila Capanema, o acompanhamento e fiscalização dos trabalhos de revitalização do salão social da Kennedy e a obra do gramado da Vila Capanema.
Vila Capanema ou Vila Olímpica, qual estádio será a casa do Paraná na sua gestão?
Pretendo que sejam as duas Vilas. Precisamos manter todos os nossos patrimônios e é para isso que vamos lutar. No processo da Capanema, tivemos uma vitória, nos foi reconhecido o direito de indenização pelas benfeitorias feitas no terreno. O local é de posse da União, mas toda a estrutura pertence ao Paraná. É algo inédito e de grande valia. E na tentativa de embargo do leilão do Boqueirão, os juízes já emitiram opiniões favoráveis às nossas solicitações.
Mesmo que aconteça o pior com a Vila Capanema, não vamos nos dar por vencidos. Parte dos nossos projetos consiste em parcerias, inclusive com o Governo Federal. Quanto à Vila Olímpica, hoje não podemos dizer qual será o seu futuro. Estamos trabalhando no sentido de que isso se reverta. A administração atual está atuando com a Prefeitura para que o processo do leilão seja revertido. É isso que a gente espera.
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O que você pensa da venda de patrimônios?
A venda da Kennedy é uma das possibilidades para pagar as dívidas. Talvez não a venda total, mas parcial. O que não podemos deixar é esse imóvel ir a leilão, pois aí perderíamos um terço do seu valor. Tudo que vai ser feito daqui em diante deverá contar com a responsabilidade e participação dos sócios.
Não podemos perder nenhuma das nossas sedes. Vamos lutar até o fim, de todas as formas e com todos os meios para que a gente mantenha posse do Ninho da Gralha, da Vila Capanema, da Vila Olímpica e da sede da Kennedy, que queremos potencializar.
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