O técnico do Paraná, Claudinei Oliveira, reforçou o discurso realista que vem apresentando desde o início da Série B após o empate sem gols com o Atlético-GO, na noite desta terça-feira (7), na Vila Capanema, pela 7.ª rodada. Foi o terceiro empate seguido do Paraná na disputa. O time é o 11.º colocado, com dez pontos. O quarto colocado Criciúma tem 13.
Paraná empata pela terceira vez seguida, mas continua na briga pelo G4
Leia a matéria completa“Não vendo sonhos”, afirmou o treinador que, por outro lado, garantiu que o Tricolor brigará pelo acesso. “Acreditamos que podemos subir, mas não vai ser tão fácil. Vai ser com muita luta. Não posso falar para o torcedor que vamos subir com cinco rodadas de antecedência”, prosseguiu.
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Claudinei ainda tratou de sua condição na Vila Capanema. “A partir do momento em que estiver atrapalhando o sonho de alguém, não tem problema nenhum, estamos à disposição do clube”.
A fala “pés no chão” do técnico contrasta com a situação que o clube viveu no ano passado. Na Série B de 2015, o então presidente do Paraná, Luiz Carlos Casagrande, prometeu à torcida o acesso com três rodadas de antecipação. No final, entretanto, o time acabou lutando contra o rebaixamento.
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Claudinei aproveitou também para defender a forma de atuar de seus comandados, apostando no jogo de rápidas transições e contra-ataques. Para o treinador, esta é a melhor maneira de utilizar as principais características dos jogadores do elenco paranista.
“Talvez não estejamos apresentando o futebol dos sonhos. Mas quando você tem a maioria dos jogadores de velocidade, não dá para querer jogar com posse de bola. Ou querer sair jogando quando você tem ‘zagueiro-zagueiro’. Se você tem limões, não pode fazer uma laranjada”, prossegue.
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Recentemente, após o empate por 1 a 1 fora de casa com o Londrina, pela 5.ª rodada, o diretor de futebol do Paraná, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, criticou o que considerou um recuo excessivo do time em campo após sair na frente do placar: “O nível da Série B está baixo, em minha opinião. Nós temos peças que outros times não têm. Não podemos recuar desse jeito. O Paraná tem de ter postura de time grande”.
Após o jogo com os goianos, entretanto, Claudinei fez uma análise diferente da Segundona. “Não sei o que passa pela cabeça de cada um, cada um tem direito de pensar o que quer. Eu falo a realidade”, argumentou. “Eu não acho que a gente tem condições de atropelar todo mundo. Tenho minhas convicções, estou fazendo o meu melhor”, completou o comandante, que antes já havia afirmado que o Paraná não é o ”Barcelona da Série B”.
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