O torcedor do Paraná poderá ver em breve uma novidade na ala direita da equipe durante a Série B: Néverton. O jovem atacante, revelado nas categorias de base do clube, está treinando na função de um camisa 2.
Lateral de origem, o recém-contratado Moacir será utilizado como volante pelo técnico Dado Cavalcanti. Com isso, a equipe segue sem um reserva na posição, que tem atualmente Roniery como titular. O treinador espera que Néverton o ajude a resolver este problema.
"Eu conheço o Moacir desde 2005 e considero que ele funciona melhor como volante. Mas temos um jogador que está treinando na posição, o Néverton", disse Cavalcanti sob olhares de surpresa em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira.
O "nascimento" do jogador em uma nova posição foi durante um treinamento em que o técnico tricolor, sem opção de reserva, pediu um voluntário para exercer a função. "Ele se prontificou imediatamente a fazer o papel e se mostrou interessado a seguir jogando por ali. Ele joga pelo lado do ataque, onde está difícil jogar [pela concorrência] e agora estamos dando conselhos e corrigindo questões de posicionamento dele na nova função", explicou o técnico.
"Temos de ter um pouco de cautela. É preciso ficar atento para ver se isso poderá prejudicá-lo como atleta, pois é uma mudança drástica demais. Se perceber que ele estiver sendo atrapalhado, mudaremos os planos", alertou Cavalcanti.
O próprio técnico paranista foi um lateral-esquerdo nas categorias de base do Náutico, mas acabou dispensado por não ter força e velocidade suficientes para a função.
A trajetória de Néverton no Paraná teve altos e baixos até o momento. Revelado pelo clube e considerado bastante promissor, teve a primeira oportunidade no time profissional em 2011, ano do rebaixamento no Estadual. Algum tempo depois, acabou voltando às categorias de base. Em 2013,reapareceu bem nas primeiras partidas da temporada. Porém, mais uma vez, foi perdendo espaço.
Quando estiver pronto para jogar como lateral-direito, Néverton terá a concorrência aberta de outros dois polivalentes que, mesmo tendo mais sucesso no meio, já se mostraram dispostos a jogar pelo lado, caso seja necessário. "Se o treinador precisar, posso matar a saudade da camisa 2", disse volante Edson Sitta, um dos concorrentes do jovem atacante ao lado de Moacir.