A Torcida Organizada Fúria Independente lançou uma campanha para que o Paraná venda a sede social da Kennedy e se dedique apenas ao futebol como forma de garantir a sobrevivência do clube. O apelo foi divulgado por meio de uma nota chamada "E você, vai deixar o Paraná acabar?", publicada no site oficial da facção
Para o grupo, o "conservadorismo" de muitos conselheiros paranistas é um obstáculo às mudanças necessárias no clube. Eles defendem que é preferível vender por cerca de R$ 100 milhões a sede na Vila Guaíra valor estimado de mercado do que perder o local em leilão por R$ 40 milhões, por exemplo.
"Não somos exatamente contra o social, mas precisamos tomar uma posição. A cada dia, novos credores surgem e só estamos gerando mais dívidas. Sem o social, pouparíamos despesas com funcionários e manutenção", explicou o vice-presidente da Fúria, João Luiz Carvalho, o Quitéria.
Segundo a organizada, o dinheiro pago pelos 2 mil sócios olímpicos rende menos do que eventuais recursos de uma venda da Kennedy colocados na poupança. "A marca Paraná Clube no futebol tem valor. Uma sede pode ser recomprada, mas o futebol não volta. Sem dívidas e com receitas como o dinheiro de tevê, bilheteria e patrocínio, conseguimos manter o time e a base e poderemos investir para subir para a Série A", emendou o diretor da organizada. Elogios
A diretoria do Paraná, por meio do vice-presidente de futebol Celso Bittencourt, elogiou a manifestação dos torcedores. "É uma atitude corajosa que tem como objetivos principais rediscutir o clube e unir todos os paranistas em volta do time em campo. O que tem de ser analisado é a condição de execução de cada proposta, mas no sentido geral é muito coerente", afirmou o dirigente. No ano passado, a Fúria patrocinou o clube em três partidas da Série B. Mais tarde, doou um cheque de R$ 200 mil como comemoração pelos 20 anos da facção. Nesta temporada, a torcida fez um acordo com o clube para pagar royalties pelo uso da marca do clube nos seus uniformes.
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