Ricardinho orienta os jogadores no CT Barcelos. Local receberá treinos da equipe profissional| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

A vitória fora de casa por 2 a 0 sobre o Luverdense, na rodada passada, escancarou uma nova identidade do Paraná nesta Série B do Brasileiro. Se antes, sob o comando de Claudinei Oli­­veira, o que se via era um time que priorizava a técnica e o toque de bola, desde a chegada de Ricardinho o que se nota em campo é uma equipe aguerrida, com muita força na marcação e capacidade de explorar os erros adversários.

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Na reta final da compe­­tição, o Tricolor tornou-se o chamado oponente "cascudo", com a cara da Se­­gun­­dona, como gostam de dizer os atletas. As estatísticas paranistas não se alteraram sensivelmente desde a chegada do pentacampeão, ainda na 22.ª rodada — a posse de bola, o número de faltas cometidas e o número de troca de passes, por exemplo, seguem a média da equipe. Porém, a mudança de postura pode ser medida pelo discurso dos jogadores.

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"O Ricardinho está colocando em prática aquilo que ele quer que a gente faça nos jogos. Ele não gosta de perder, assim como todos nós. E a Série B é isso, jogo truncado todas as rodadas, pegada até o final e a gente está apto a fazer tudo que a competição exige", destaca o atacante Carlinhos.

A vitória sobre o time do Centro-Oeste, no fim de semana, derrubou uma série de marcas negativas do Tricolor na Segundona. O Paraná ostentava jejum de seis jogos sem vitórias. Fora de casa, a seca já alcançava dez duelos. O próprio aproveitamento do time com Ricardinho não é dos melhores: foram apenas duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, alcançando um total de 41,6% dos pontos.

Sintomas de que o início de trabalho com o campeonato já em andamento prejudicou a assimilação, por parte dos atletas, da mudança na filosofia de jogo implantada pelo novo comandante.

A saída de jogadores mais técnicos do time titular, como os volantes Lucas Otávio e Marcos Serrato, e a entrada do volante Jean, com maior poder de marcação, demonstram também a mudança de mentalidade.

"A característica do Ricar­­dinho é de um time guerreiro, que joga com raça e não desiste nunca. A gente fica feliz com isso. Temos de ter competitividade sempre", cobra o zagueiro Cleiton.

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