Tricolor testa nova safra do Ninho da Gralha
O Paraná intensifica hoje a política de bancar promessas formadas nas categorias de base. Do time que larga na Copa do Brasil, quatro jogadores foram formados dentro do clube nos últimos 12 meses.
A lista tem os defensores Neto (19 anos) e Alex Alves (20) e os atacantes Júlio César (18) e Carlinhos (18).
Dos 30 atletas usados até agora na temporada, quase metade, 14, passou pela base, sendo que oito estavam no júnior em 2011.
Da equipe que enfrenta o São Bernardo, o atacante Arthur (19) autor do gol da vitória contra o J. Malucelli, domingo poderia reforçar a relação de pratas da casa. Mas, lesionado, nem sequer viajou para São Paulo.
"Um jogo de profissional é diferente de um jogo de base. Companheiros me ajudaram a me posicionar. Antes, senti um frio na barriga, mas logo passou", revela, sem jeito, o lateral Neto.
"Eu sempre trato eles como veteranos. Aviso na frente de todos que o tratamento será igual aos demais do elenco", conta o técnico Toninho Cecílio.
A atual geração de garotos fez parte do acordo com a Base, que levantou o CT Ninho da Gralha, em Quatro Barras, mas faliu. O fim do acordo prevê que parcelas das futuras vendas de revelações sejam revertidas aos empresários que bancaram o projeto até que o investimento inicial feito seja pago.
É Copa do Brasil, mas pode ser encarada como prévia da Série B. Pelo menos assim imaginam os paranistas.
O Tricolor enfrenta, às 21h30, no Estádio 1.º de Maio, um adversário com nível comparável aos que terá pela frente na Segundona: o São Bernardo.
A partida é encarada pela diretoria, jogadores e comissão técnica como um bom termômetro para balizar as condições do grupo para a briga pelo acesso, a partir de 25/5.
Equipe repleta de boleiros rodados pelo segundo escalão nacional, o rival do Paraná no mata-mata aposta em figurões como Wilson Jr. (ex-Boa), Luciano Mandi (ex-São Caetano), Kléber (ex-Criciúma), Dudu (ex-América-MG), Radar (ex-Boa), Michael (ex-Americano), Régis (ex-Guaratinguetá), Samuel (ex-Portuguesa), Ricardinho (ex-CRB) e Daniel Marques (ex-Ceará).
Para o campeonato regional, a aposta do clube era uma vaga na Série D. Não deu certo. Ameaçado pelo rebaixamento à Série A-2 do Paulista (na 14.ª posição, tem 17 pontos em 17 rodadas, contra 14 do Ituano, primeira equipe na zona de risco), o São Bernardo vai poupar seu principal medalhão: o centroavante Fernando Baiano, 34 anos, artilheiro da Libertadores de 1999, pelo Corinthians.
"Eu posso afirmar que o São Bernardo está num nível parecido com o do Paraná. Eles têm um time com bastante velocidade nos lados do campo e é bastante perigoso. Nosso objetivo é classificar, não importando se em um ou dois jogos", avisa o técnico paranista Toninho Cecílio, lembrando que uma vitória tricolor por dois ou mais gols de diferença classifica a equipe para a próxima fase da competição.
"A gente tem de ter todo cuidado, não se expor, mas sem ser retranqueiro. [O São Bernardo] tem jogadores experientes e rodados de Série B e A. Vamos enfrentar jogadores de nível elevado e isto valerá como um teste", explica o goleiro Luís Carlos, que retorna ao time após suspensão no Paranaense.
Mas se a Série B dá apenas uma prévia aos tricolores hoje, ela começa de fato para o treinador paranista.
A diretoria afirmou recentemente que após a atual fase da Copa do Brasil irá começar a tratar da possível renovação do contrato de Toninho Cecílio.
"Eu não ligo para o que não está ao meu alcance. Claro que em certo momento, a não definição evita que possamos nos planejar e pensar em reforços", cobra o técnico.
Na prática, o segundo semestre começa hoje.
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