O Paraná deu o primeiro passo para formar atletas de alto rendimento em 11 modalidades. O projeto, batizado de Centro de Iniciação, Desenvolvimento e Aperfeiçoamento do Esporte (Cidae), foi aprovado pelo Ministério do Esporte e vai poder captar neste ano R$ 1,58 milhão via Lei de Incentivo para a primeira fase do programa a segunda e a terceira devem ser aprovadas entre fevereiro e março, com valores de R$ 1,08 milhão e R$ 1,6 milhão, respectivamente.
De início o projeto vai buscar 970 estudantes (70% da rede pública) para estimular a prática de esporte. Na sequência, 1.743 crianças e adolescentes vão se aperfeiçoar em uma modalidade específica. O programa é concluído com o direcionamento de 394 jovens com potencial esportivo para o alto rendimento a ideia futura é ter uma quarta fase para subsidiar equipes olímpicas.
Os participantes da primeira fase ganharão um kit de treino na matrícula e um lanche após cada atividade, que serão realizadas nas sedes da Kennedy, Vila Capanema, Boqueirão e Ninho da Gralha. Novo cenário que vai mudar a forma com que o clube encara a formação de atletas. "Como trabalhamos com atendimento aos sócios, não visamos muito a captação de atletas", explica o assessor da diretoria, Marcius Koehler, responsável pelo Cidae.
Hoje o Paraná perde atletas para outros clubes por falta de estrutura e de profissionais voltados exclusivamente para o esporte de ponta. Por isso, a verba deve dar um alento a setores sucateados do clube e uma vida maior para modalidades que hoje contam com alguma proeminência, como o handebol, natação, futsal e judô. "Hoje a estrutura do clube está realmente bem precária em algumas áreas. [O projeto] vai ajudar na qualidade de material e da estrutura", diz Koehler.
O desejo, porém, depende de empresas e pessoas que destinem parte do Imposto de Renda para o projeto. Segundo o clube, para a primeira fase, 40% (cerca de R$ 640 mil) já estão garantidos. O Tricolor só conseguiu aprovar o projeto porque conseguiu tirar as certidões negativas de débito.