A grave crise financeira atingiu até o departamento jurídico do Paraná. Para economizar o máximo possível, o clube não enviou advogado aos últimos quatro julgamentos em que esteve envolvido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com sede no Rio de Janeiro. As defesas foram elaboradas por escrito e encaminhadas por e-mail.
"Basicamente, foi a questão financeira. Fizemos a solicitação da viagem, mas infelizmente não foi possível nas últimas sessões do tribunal. A maioria dos clubes envia o advogado, por ser melhor. O Paraná não deu as condições, o escritório fez o possível", confirmou Itamar Cortês, advogado responsável por defender o Tricolor, em entrevista à Rádio Transamérica.
De acordo com Cortês, por sorte os paranistas acabaram livres de punições mais rigorosas. "Felizmente, a defesa escrita não causou prejuízo, mas poderia. Até brinquei que foi mais sorte do que juízo, em alguns poderia ter pena mais elevada", comentou.
Os quatro julgamentos ocorreram por causa de expulsões e os envolvidos foram absolvidos e cumpriram somente a suspensão automática pela exclusão. Foram os casos do zagueiro Cleiton, do volante Édson Sitta e do atacante Tiago Henrique, além do auxiliar-técnico de Ricardinho, Rodrigo Possi.
O procedimento adotado pelo Paraná é permitido pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). "As defesas podem ser presenciais ou por escrito. Eram situações simples, sem risco, tanto que foram conseguidas absolvições. Por isso foram [defesas] por escrito", justificou Celso Bittencourt, vice-presidente do clube, também em contato com a Rádio Transamérica.
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