Lúcio Flávio é o atleta do Paraná que mais jogou na Vila Capanema| Foto: Felipe Rosa / Tribuna

Quando subir as escadarias do gramado da Vila Capanema hoje, às 16h20, para enfrentar o América-RN, um filme nostálgico passará pela cabeça do ídolo Lúcio Flávio. Aos 35 anos, esta pode ser a partida derradeira do meia pelo Paraná, clube que o revelou na década de 90. E o possível adeus não poderia ter mais perfeito palco: o camisa 10 é o jogador que mais vezes defendeu a camisa tricolor no Durival Britto em toda a história.

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Confira as escalações de Paraná e América-RN

Contra o Mecão, Lúcio Flávio completará a 114.ª partida no tradicional estádio. Uma marca memorável. "Passa em minha memória o tempo em que ia assistir meu tio Ney [Santos, ex-jogador do Paraná] jogar na Vila e imaginava: ‘um dia também vou jogar aí’. Hoje tenho convicção de que minha trajetória está sendo bacana", lembra Lúcio Flávio, surpreso com o recorde.

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"Esta foi uma surpresa agradabilíssima. Sinceramente, imaginei que estava entre os dez que mais haviam atuado. Em primeiro, jamais", comenta.

O segundo na lista histórica da Vila é o volante Hélcio, com 100 partidas . Ele é seguido de perto por Ageu e Ednelson, com 99 partidas cada, e pelo ex-goleiro Régis, com 94.

Não fosse o contrato expirar em dezembro, Lúcio Flávio poderia correr atrás de novos feitos. Com 292 partidas, o atleta é o quarto na contagem dos que mais vestiram a camisa paranista. Ele fica atrás de Ageu, Hélcio e Régis, os três primeiros, nesta ordem. A distância para o ex-zagueiro e líder é de 54 jogos.

O xodó da torcida, no entanto, joga nas costas da direção uma possível despedida. "A renovação depende mais da diretoria do que de mim. Se ajustarem as pendências que têm comigo e formarem um grupo equilibrado, há chance", cobra.

Os salários atrasados e a falta de planejamento seriam o estopim para Lúcio buscar novos ares, após nova passagem no clube. "Foi boa. Não excelente, pois não conseguimos o acesso. Um período com muitos problemas e que têm atrapalhado muito o clube. Porém, conheci pessoas que não estavam aqui na minha primeira passagem e isso foi maravilhoso", encerra.

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*Colaborou: James Skroch, do site historiadoparanaclube.blogspot.com.br