O acesso do Palmeiras na Série B, com seis jogos de antecedência, não significa "vida fácil" para o Paraná no confronto de sábado, às 16h20, na Vila Capanema. É o que aponta o retrospecto dos times que conseguiram adiantar o retorno para a elite nas temporadas anteriores. Ninguém diminuiu o ritmo apesar da vaga garantida.
O principal exemplo é o Corinthians em 2008. O Alvinegro paulista também subiu restando seis partidas, com aproveitamento de 73% até a 32.ª rodada. Porém, mesmo com a passagem confirmada, o Timão venceu cinco dos seis últimos compromissos, conquistando 83% dos pontos.
Outro exemplo é a Portuguesa. Em 2011 a equipe também sacramentou o acesso com seis jogos para o fim e obteve aproveitamento de 70%. Apelidada de Barcelusa naquela temporada, em referência ao Barcelona, os paulistas não relaxaram e conquistaram 77% dos pontos nos confrontos derradeiros, com quatro vitórias e dois empates.
O discurso para manter em alta o nível de competitividade é sempre o mesmo. Após alcançar a vaga, o objetivo passa a ser o título da disputa. Exatamente como está ocorrendo com o Palmeiras, que virá para Curitiba empenhado na busca da taça.
Outros exemplos, no entanto, dão esperança aos paranistas. Os times que subiram próximo do fim da competição não mantiveram o rendimento. O Vasco, em 2009, tinha 68% de aproveitamento até o acesso, na 34.ª rodada. Venceu os dois jogos seguintes, mas perdeu os dois últimos, 50% dos pontos pós-acesso. O Coritiba em 2007 e 2010 também se encaixa no perfil.
Para barrar as pretensões de título do Palmeiras, o Paraná conta com o apoio de seu torcedor. A diretoria tricolor confirmou ontem o aumento do preço dos ingressos para R$ 80. Entretanto, as primeiras 4 mil entradas serão vendidas por R$ 40 até quinta-feira. A mesma promoção vale para os visitantes, considerando os primeiros 400 bilhetes.
O técnico Dado Cavalcanti já tem dois desfalques certos para sábado. Os atacantes Luisinho (ombro) e Reinaldo (coxa direita) sofreram contusões na derrota para o Joinville (1 a 0), no sábado, e estão vetados pelo departamento médico paranista.
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