A negociação envolvendo o meia Ricardinho com um grupo de investidores escancarou a reaproximação entre o empresário Marcos Amaral e a cúpula do Paraná.
Indicado pelo Tricolor para ser o representante na negociação que pode tirar o jogador da Vila Capanema –a conversa definitiva para a transferência do volante deve ocorrer na manhã desta terça-feira (13) –, Amaral volta a ter maior abertura com a diretoria paranista após a saída de Rubens Bohlen da presidência, no mês passado.
Desde que se aproximou do clube, em 2010, quando Aquilino Romani era o homem-forte, Amaral tem sido uma importante fonte de jogadores. Pelo menos em quantidade. No ano passado, por exemplo, o plantel tricolor chegou a ter 16 reforços garimpados e trazidos por ele – como o lateral-esquerdo Breno, negociado posteriormente com o Cruzeiro.
Relação que esfriou no fim daquela temporada e demonstrada nos números. Sem a contratação de novos reforços, o empresário mantinha na Vila apenas quatro peças–além de Ricardinho, o lateral Netinho e os meias Lucas Pará e Rubinho. “Desde o ano passado eu não tinha colocado jogador, mas há outras formas de ajudar, buscando patrocínio ou comprando direitos federativos, por exemplo”, procurou justificar.
Apesar de admitir ter participado menos da composição do atual elenco, ele garante que a situação não é decorrente de um problema pessoal com a gestão de Rubens Bohlen, que renunciou ao cargo. “Minha relação não é com diretores, tenho relação com o clube, sou um prestador de serviços para o clube”, resumiu.
A tendência, porém, é que o parceiro seja mais acionado agora que o Paranistas do Bem – grupo que brigou pela troca de comando do Paraná, prometendo investimento financeiro – assumiu o leme da administração tricolor. Amaral contou que já foi procurado pelos amigos.
“Vavá falou comigo hoje [ontem] e disse que queria uma ajuda, e estou disposto a ajudar. Estou aí para servir o clube quando for solicitado”, falou, admitindo a possibilidade de ampliar novamente a parceria com o clube. No momento, entretanto, o empresário afirma que não tem jogadores livres para ceder ao Tricolor, o que exigiria ir atrás de novas aquisições para o seu rol de atletas.
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