Os colunistas da Gazeta do Povo analisam as situações de Atlético e Coritiba, que devem dividir a atenção do Brasileirão com a Sul-Americana e a Copa do Brasil, respectivamente, e o novo drama financeiro do Paraná, que começa a discutir internamente a possibilidade de venda da sede social da Kennedy. Confira as opiniões.
O Coritiba deve dar importância à Copa do Brasil?
Edson Militão
Sim. Deve caminhar paralelamente com o Brasileirão e a Copa do Brasil. Uma campanha incentiva a outra. Não tem essa de desgaste psicológico, tem de se concentrar para ganhar as duas. Quando você pontua só em uma coisa acaba se dando mal nas duas. Além disso, o Coritiba tem o histórico de ser forte em mata-mata. Foi campeão brasileiro assim.
Luiz Augusto Xavier
Deve. Pode ser bom até mesmo psicologicamente. Mesmo que não passe pelo Grêmio, que está embalado, há pontos positivos. O Coxa já venceu os gremistas no Brasileiro, por exemplo, e isso mexe com a cabeça do atleta. Até porque é comprovado que poupar em uma disputa para ganhar em outra pode não funcionar. A sequência é o mais importante. Mesmo que seja para preparar o time para a semana que vem.
Carneiro Neto
O Coritiba deve dar importância para todas as competições que participa. A partir do momento em que você está em um torneio, não importa qual seja, tem de dar importância para ele, não pode desistir. A equipe está com dificuldades no Nacional, todos sabem, mas não pode priorizar somente essa situação. Em minha opinião, deve levar a sério a Copa do Brasil sim.
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Como o Atlético deve encarar a Sul-Americana?
Edson Militão
É totalmente descartável. Não soma absolutamente nada. Pode até fazer um time de testes. Pode inovar, testar atletas, esquemas táticos, como se fosse um preparo, um treinamento. Não tem aquele peso. Pode até ter o valor econômico e a chance de vaga para a Libertadores, mas é difícil por causa das viagens longas e desgastantes. Em função disso, é bem diferente da Copa do Brasil.
Luiz Augusto Xavier
Deve encarar com seriedade. Primeiro porque o caminho de passagem nacional neste ano está teoricamente mais fácil, não tem as grandes equipes brasileiras, os famosos bichos papões. Então, dá para ir em frente. Pode servir também para fazer crescer a marca internacional do Atlético. Pode ser um bom caminho para o Furacão.
Carneiro Neto
Com toda a seriedade possível. Tem uma vaga para a Libertadores em jogo, é um torneio internacional. O Atlético já não leva a sério o Campeonato Paranaense, o que é uma vergonha, um grande desrespeito para com o torcedor. Então, deve levar muito a sério a Sul-Americana, da mesma forma como tem levado o Brasileirão, onde está indo muito bem.
Vender o patrimônio social pode ajudar a saúde financeira do Paraná?
Edson Militão
A venda da Kennedy não levará o Paraná para a UTI, mas sim vai fechar a tampa do caixão. Entendo que seria o fim do Paraná. É o último patrimônio e, quem vende isso dá adeus, vai para a cova. Tem gente que quer vender para recuperar investimentos pessoais feitos no clube, mas o patrimônio não é pessoal, pertence a uma nação de torcedores. É um absurdo essa possibilidade. Esse pessoal que quer vender acha que reverterá isso em um time para subir? Isso não é uma certeza.
Luiz Augusto Xavier
Isso depende muito de gestão. O Paraná já vendeu tanta coisa e não melhorou. Vendeu terrenos que eram do Britânia, do Palestra...Todo dinheiro que entrou foi para pagar dívidas. E ninguém sabe quantas mais existem, qual o passivo trabalhista. Precisa pagar o que deve de alguma forma. Se a venda da Kennedy viesse pra zerar tudo e permitisse saúde ao clube de futebol era uma coisa. Agora, resta saber se vai ser suficiente ou apenas mais um lenitivo.
Carneiro Neto
Não ajuda em nada. Cada vez mais aumenta o tamanho do buraco do Paraná. A partir do momento em que qualquer instituição, indivíduo, empresa, começa a vender patrimônios, é porque o futuro está comprometido. É lamentável o que acontece. Dilapidaram o patrimônio. Nos últimos 15 anos praticamente destruíram o clube. Começaram perdendo terrenos do Britânia e Palestra, estão perdendo a Vila Capanema. Perder a sede da Kennedy é o fim. É o símbolo maior do Paraná, devem lutar para mantê-lo.
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