O técnico Luciano Gusso no CT Racco, local de treinamentos do Paraná: elenco pode se reforçar com ex-adversários.| Foto: Lucas Pontes/Gazeta do Povo

Fora da fase final do Paranaense, o Paraná se vê obrigado a planejar com mais intensidade sua principal meta do ano, a volta para a Primeira Divisão do Brasileiro. O passo inicial é reorganizar o elenco, o que inclui dispensa de atletas e, principalmente, a contratação de reforços. Um dos mercados para essa caça a novas peças para o plantel é o próprio Estadual, cujos jogadores foram observados de perto pela comissão técnica do clube.

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Há jogadores que o Tricolor pode buscar imediatamente – em times que também caíram no mata-mata, como o J. Malucelli, o Maringá e o Cascavel –, enquanto outros vão exigir mais negociação e paciência. Até porque, as equipes que sobrevivem no Paranaense têm calendário para o restante do ano: potenciais fornecedores de matéria-prima, o Operário e o Foz do Iguaçu, por exemplo, disputam a Série D no segundo semestre.

Confira, por setor, quem poderia interessar ao Paraná:

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Ataque

Uma das posições mais carentes no Paraná é o ataque, definido como prioridade dentro do departamento de futebol, como já afirmou o recém-contratado gerente de futebol, Edson Neguinho.

Douglas (Operário) – artilheiro do Fantasma com 7 gols, é um jogador com presença de área, com ponto forte no jogo aéreo. Não viria para ser titular. A classificação do time de Ponta Grossa para a Série D pode complicar uma possível negociação.

Rafael Santiago (Maringá) – também com ponto forte na presença de área e no jogo aéreo, o goleador da Zebra no Estadual, com 6 gols, é outro que não ocuparia a 9. Seria um acordo mais viável, graças à falta de calendário do time da Cidade-Canção.

Zaga

Além do ataque, a posição mais crítica para o elenco paranista é a zaga, por causa da inconsistência da dupla que jogou boa parte do Estadual.

Leandro (J. Malucelli) – com experiência anterior no próprio Paraná – jogou a Série B pelo clube em 2009 – tem condições de ser titular ou, ao menos, a principal opção da equipe no banco. Em tese, está livre para voltar à Vila, já que o Jotinha finalizou as atividades no ano.

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Alex Fraga (J. Malucelli) – com menos experiência do que Leandro, Fraga pode ser opção para o time pela facilidade de negociação e pelo bom Estadual que fez.

Maurício (Cascavel) – é mais aposta do que certeza. Apesar do bom Paranaense, não tem bagagem e não enfrenta grandes pressões na Serpente. Poderia acabar tendo problemas em um clube com situação instável como o Paraná.

Lateral

Com Netinho e Bruninho como reais opções, este é mais um setor que deve ter novidades para a Série B – a caça não se restringiria apenas a peças para compor o elenco, mas também para assumir a titularidade.

Cristovam (J. Malucelli) – forte na parte defensiva, o lateral-direito contribui eficientemente no apoio. Apesar de ter menor cacoete para o ataque, é bom em cruzamentos quando exigido. O Jota não tem calendário e uma negociação seria viável.

Danilo Baia (Operário) – bom na parte defensiva, Baia tem maior qualidade no apoio do que Cristovam na direita. O lateral do Operário tem calendário, algo que pode complicar as conversas. É um dos principais jogadores do Fantasma.

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Fabinho (J. Malucelli) – razoável no ataque, mas forte na marcação, o ex-jogador de Paraná e Coritiba pode compor uma linha defensiva e proporcionar uma maior liberdade ao lateral contrário. A questão do calendário pode facilitar a negociação.

Jhonatan Silva (Operário) – fez um bom Paranaense e também tem como ponto forte a marcação, mas joga a Série D no segundo semestre. Dependeria de muita negociação.

Meio de campo

Com Lúcio Flávio e Rubinho, ambos com experiência em Série B, e Lucas Pará, o setor de criação da equipe pode ser considerada estável, apesar de ainda não estar certa a permanência de Rubinho para a Série B. Outro que pode deixar o clube é Ricardinho, o que traria a necessidade de contratar alguém para a posição de volante.

Netinho (J. Malucelli) – experiente, o meia ofensivo tem boa chegada ao ataque, além de ser bom cobrador de faltas, o que pode reforçar a deficiente bola parada paranista. O fato de o Jotinha não ter calendário no segundo semestre facilitaria uma aproximação.

Bruno Andrade (Rio Branco) – com o time também sem calendário, o meia tem habilidade e bom toque de bola. Foi treinado por Edson Neguinho até o fim da primeira fase do Estadual e essa relação pode facilitar um acerto.

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Renatinho (Foz do Iguaçu) – meia rápido e habilidoso, com boa presença ofensiva, tem experiência na capital – já jogou pelo Atlético – e pode dar maior dinamismo ao setor paranista. O Foz deve ter interesse na sua permanência para a Série D.

Pedrinho (Operário) – também pode ter as negociações esbarrando na questão do calendário. O meia tem mobilidade, é versátil – pode jogar na armação ou na proteção – e faz função parecida com a do paranista Ricardinho. Pode, eventualmente, substituir o camisa 7 paranista, se este acabar mesmo desembarcando no Alto da Glória.