A eleição do mandatário do Atlético , Mario Celso Petraglia,para a presidência da Primeira Liga (Copa Sul-Minas-Rio) está diretamente ligada ao anúncio da saída do Cruzeiro do grupo. Quem garante é o diretor executivo da liga, Alexandre Kallil, ex-presidente do Atlético-MG.
“Acho que foi porque o Petraglia ganhou a eleição. Convocamos a eleição e o Mario ganhou com vantagem esmagadora. Ele ficou triste por isso. Me disse na mesma hora que pretendia tirar o Cruzeiro da Liga. Mas não achei que fosse fazê-lo”, contou à Gazeta do Povo
Nesta quinta-feira (10) o primeiro presidente da Liga, Gilvan Tavares, anunciou que o Cruzeiro está fora do torneio em 2016. O motivo alegado pelo dirigente foi a baixa rentabilidade que o torneio traria ao clube mineiro.
“O Cruzeiro não vai mais disputar a Liga Sul-Minas-Rio, pois ela não é viável. Discordamos de coisas que aconteceram na última reunião da Liga. O torneio não vai ser rentável agora”, explicou Tavares à ESPN. Surpreso, Kallil rebateu. “Ele nem sabe ainda quanto o Cruzeiro vai ganhar. Ninguém sabe. Isso é conversa”.
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Leia a matéria completaA eleição de Petraglia no último dia 26 como substituto de Tavares após mandato tampão de 90 dias, bem como a discussão sobre a distribuição de verbas de TV e patrocinadores, também teria desagrado a outros dirigentes.
O vice-presidente da Liga, Nilton Machado (presidente do Avaí) desconversou sobre eventuais divergências da última reunião. “Houve bastante discussão, mas não vejo que isso tenha motivado a saída do Cruzeiro. Foi uma questão interna”.
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Para Machado, a não participação do Cruzeiro não diminui a força do torneio ou da Primeira Liga propriamente dita. “A Liga é formada por vários clubes, que podem participar ou não do torneio. Santa Catarina tem cinco, mas só três vão jogar. A saída do Cruzeiro não é normal e nos preocupa, mas não quer dizer que eles estão fora da Liga”, afirmou.
Em entrevista à Gazeta do Povo na última quarta-feira, Petraglia explicou como foi o processo que o levou à presidência da Liga. “Primeiro tivemos um mandato tampão de 90 dias e quem assumiu foi o Gilvan. Me propus ajudá-lo, mas decidiram votar se teríamos eleição ou não. A proposta de fazer eleição venceu e ele retirou sua candidatura. E acertamos de trabalhar juntos. Não quero cargo. O que importa é trabalharmos a união dos clubes, que não existe no Brasil há tempos”.
Apesar de todas as dificuldades políticas e de ainda não ter encontrado a melhor solução financeira, Petraglia garantiu a realização do torneio – um dia antes de saber da saída do Cruzeiro. “Sabemos que esse ano o produto é bom, mas não é uma maravilha. Em 2017 poderá se tornar grande produto. Nossa intenção usar as 19 datas dos Estaduais e fazer um campeonato com todos os grandes estados do brasil, com exceção de São Paulo. Será um grande regional Brasileiro”.
A reportagem voltou a procurar Petraglia nesta quinta para falar sobre a saída do Cruzeiro e a alegação de que seria ele o motivo. O dirigente respondeu por intermédio de sua assessoria de imprensa. “Em função da campanha para as eleições do Atlético Paranaense, tenho conhecimento através da imprensa. Não conversamos com as pessoas envolvidas. Conversarei com o presidente do Cruzeiro e depois manifestarei a minha opinião”, informou.
Gilvan Tavares não respondeu às ligações da reportagem.
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