O Flamengo se recusa a jogar pelo 0 a 0 na final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Atlético, no Maracanã. A vantagem obtida graças ao empate por 1 a 1 na semana passada, na Vila Capanema, é apontada como tênue demais pelo elenco carioca.
"Quem entra para empatar, normalmente perde", alerta o goleiro Felipe. "Se tivéssemos caprichado um pouquinho mais, teríamos feito o segundo gol. É uma vantagem muito pequena contra uma equipe que está jogando muito bem fora de casa", prossegue.
A própria história rubro-negra na Copa do Brasil recomenda essa cautela. Em 2004, o Fla empatou por 2 a 2 com o Santo André, no Palestra Itália, em São Paulo. Até o 1 a 1 servia no Maracanã. O time tomou o primeiro gol logo no início, se descontrolou e acabou perdendo por 2 a 0. Viu o Ramalhão fazer a festa no estádio.
"Vai ter de ser uma noite perfeita para o título ficar aqui na Gávea. Temos de ficar tranquilos o tempo todo. Em Curitiba, tomamos o gol e continuamos tranquilos", diz o goleiro.
Uma tranquilidade que deve ser deixada de lado em caso de título. Todos no Flamengo estão engasgados com as duras críticas recebidas ao longo na temporada. No domingo, após a vitória sobre o Corinthians que evitou o risco matemático de rebaixamento, o técnico Jayme de Almeida disse que a imprensa achava o time rubro-negro uma droga. Felipe vai na mesma linha.
"Falar, todo mundo fala. Tem gente que vive disso. A resposta é para nós, de que a gente podia", afirma o goleiro. "Para um elenco que apanhou o ano inteiro, desacreditado, esculachado, que a própria torcida não acreditava, estar a 90 minutos de ganhar a Libertadores, de um título nacional Ouvimos várias coisas desde o início do ano e supreendemos muita gente. A Copa do Brasil sempre tem uma surpresa e a gente espera que a surpresa seja o Flamengo", afirmou.
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