O senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ) protocolou nesta quarta-feira (27) o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a CBF. Após a prisão do ex-presidente José Maria Marin, na Suíça, a pedido do FBI, o pedido contou com o apoio de 52 senadores, número bastante superior ao mínimo exigido de 27 assinaturas.
“Este é o momento de moralizarmos o futebol brasileiro, não podemos perder a oportunidade. Esperamos desmontar de uma vez por todas essa caixa-preta que existe dentro da CBF”, disse Romário.
Segundo o senador, o objetivo é investigar todos os contratos da Confederação, incluindo aqueles firmados para a realização da Copa das Confederações, em 2013, e Copa do Mundo no Brasil, no ano passado.
Marin foi preso nesta quarta-feira, em Zurique, sob a acusação de ter recebido propinas milionárias em esquemas de corrupção no futebol. No total, sete dirigentes da Fifa foram presos em uma operação coordenada pelo FBI.
Campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Romário costuma fazer reiteradas críticas aos dirigentes tanto da CBF quanto da Fifa. Ele disse que gostaria de ser o relator da CPI.
“São fatos mais do que claros que o nosso futebol precisa de uma chacoalhada e eu, como senador, me sinto na obrigação de dar esse resultado ao povo brasileiro, já que o futebol continua sendo a paixão maior de todos nós”, afirmou.
Mais cedo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia apoiado a iniciativa. “Esse assunto mobiliza a sociedade e o País cobra resposta. Se o caminho for o da CPI, nós temos que estimular”, disse.
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