Em uma péssima atuação, em que nada lembrou o time que ganhou o Campeonato Paulista ou goleou o Bolívar por 8 a 0, o Santos foi derrotado pelo Vélez Sarsfield por 1 a 0, nesta quinta-feira (17), no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores. O revés, o terceiro santista na competição continental, o obriga a vencer na próxima quinta, na Vila Belmiro, para avançar às semifinais.
Mas a vitória em Santos tem que ser por dois ou mais gols de diferença. Se o triunfo foi por um de diferença, com os argentinos marcando gols, a vaga será do Vélez Sarsfield. Somente o 1 a 0 para a equipe da Argentina levará a decisão da vaga para a disputa por pênaltis.
Antes de encarar o duelo de volta contra o Vélez Sarsfield, o Santos volta as atenções para a estreia no Campeonato Brasileiro. Provavelmente com vários reservas, a equipe comandada pelo técnico Muricy Ramalho enfrenta o Bahia, no estádio de Pituaçu, em Salvador, no domingo, às 18h30.
O jogoO Santos adotou uma postura diferente contra o Vélez Sarsfield. E se deu mal. As justificativas para essa mudança de postura eram as de sempre: jogo de Libertadores fora de casa, contra um bom time argentino, ambiente hostil. Assim, os comandados de Muricy Ramalho concluíram que era preciso ser mais conservadores e essa tática não surtiu efeito.
Como era de se esperar, o Vélez Sarsfield teve a posse de bola por mais tempo. O que não era de se esperar era o Santos não conseguir produzir quando tinha a bola nos pés. O máximo que conseguiu no primeiro tempo foi um chute de Paulo Henrique Ganso aos 19 minutos, que parou facilmente nas mãos do goleiro Barovero.
Com eficiência, Neymar era marcado pelos defensores argentinos, que se revezavam na caça ao craque do Santos e faziam esse serviço com eficiência. E sem violência. Era só recuperar a bola e partir para o ataque. Quem ficava nervoso em campo era o Santos, que parava as jogadas do Vélez Sarsfield muitas vezes na base das faltas. Até Neymar recebeu um cartão amarelo.
A equipe argentina sempre rondava a área santista. A bola ia da direita para a esquerda, depois voltava para a direita e assim o Vélez Sarsfield batalhava por seu gol. E ele aconteceu aos 35 minutos, quando Papa fez um cruzamento da esquerda e a bola desviou em Elano antes de Óbolo se antecipar a Durval na primeira trave e dar uma sutil cabeçada para o gol, por cima do goleiro Rafael.
No segundo tempo, o Santos se acalmou um pouco, mas não melhorou em nada na sua postura ofensiva. O goleiro Barovero não foi incomodado e o que se viu foi o Vélez Sarsfield, com uma incrível, tranquilidade, tocar a bola para achar algum espaço e criar chances de gol. Em algumas delas, Rafael mostrou segurança para fazer a defesa. Na última delas, os argentinos quase marcaram em um chute de longa distância de Fernández, que passou raspando o travessão santista.
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