• Carregando...

Parecia impossível, mas o São Paulo conseguiu colecionar mais um vexame em casa. Depois da Ponte Preta, na Copa Sul-Americana do ano passado, e do Penapolense, no Campeonato Paulista, o time tricolor perdeu para o Bragantino por 3 a 1, nesta quarta-feira, e deu adeus à Copa do Brasil, em sua terceira fase. O resultado, porém, leva a equipe de volta à Sul-Americana, que pode ser um caminho mais fácil em busca de uma vaga na Copa Libertadores.

Antes da bola rolar, o Morumbi sofreu com um apagão que deixou o estádio sem luz até minutos antes do jogo. Mas o termo, tão em voga após o massacre alemão contra o Brasil na Copa do Mundo, voltou a dar as caras tão logo a bola rolou na gélida noite paulistana.

Até que o início foi promissor e o São Paulo deu indícios de que mataria a partida sem sofrimentos. Paulo Miranda dividiu com Renan em cobrança de escanteio e abriu o placar logo aos 7 minutos. Com a vantagem do jogo de ida (2 a 1) e a liderança no placar, tudo parecia conspirar para uma noite tranquila. Era só o começo da tragédia.

Em que se pese os desfalques principalmente de Kaká (poupado) e Alan Kardec (já defendeu o Palmeiras na competição), o futebol apresentado pelo São Paulo foi mais uma vez de pobreza criativa e sem qualquer estrutura de jogo. Foi o Bragantino que jogou como time grande. Pôs a bola no chão, ditou o ritmo de jogo e fez Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato, Souza e cia correrem como crianças perdidas.

Sem Kaká, o técnico Muricy Ramalho resolveu mais uma vez mudar o esquema de jogo e escalou o time com três atacantes, estratégia que se revelou estéril em seu nascedouro e que em oito meses de temporada empolgou em raríssimas oportunidades. Osvaldo e Ademilson corriam e se esforçaram para dar algum sentido tático ao time; Alexandre Pato mostrou-se desajeitado como centroavante e Maicon fracassou na armação e na contenção.

Não demorou, portanto, para o Bragantino - que luta contra o descenso na Série B - empatar com Cesinha, em trama pelo lado esquerdo. A bola passou por baixo de Rogério Ceni, em noite estranhamente insegura.

Daí por diante a equipe de Bragança Paulista (SP) fez o que quis e completou o vexame em jogadas de bola parada, aquelas que qualquer torcedor sabem ser um dos muitos problemas da equipe na temporada. Gustavo Carbonieri e Guilherme Mattis, ambos em jogadas de escanteio, determinaram a virada.

O placar, diga-se, foi injusto. Se tivesse sido mais feliz nas chances criadas, o Bragantino teria saído do Morumbi com uma sonora goleada a seu favor. Parecia até que o São Paulo quis perder de propósito para jogar a Sul-Americana, mas olhando em retrospecto, fica difícil concordar. Que acompanha o time desde o começo do ano sabe que as atuações sofríveis e falta de padrão de jogo são características indissociáveis desse time caro, badalado e de resultados até aqui decepcionantes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]