A Copa Sul-Minas-Rio tem o apoio verbal do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e depende apenas do aval do departamento jurídico para ser oficializada para 2016. Para ser colocado em prática, porém, o torneio terá de ser reformulado.
Antes prevista para ser organizada em oito datas, a competição vai encolher para ser incluída no calendário nacional. “A liga está montada. Vamos colocar em seis datas. O problema é político”, falou o ex-presidente do Atlético-MG e CEO da liga, Alexandre Kalil, ao site Lancenet, depois da reunião dos fundadores da liga com a CBF, nesta quinta-feira (1º), no Rio.
Com isso, é grande a possibilidade de a Sul-Minas-Rio ter 12 participantes, em vez de apenas 10 como havia sido estabelecido inicialmente.
Diante disso, Avaí, Joinville, Chapecoense, Paraná e América-MG disputariam duas vagas extras. Já estão assegurados, pelo ranking da CBF, dez times: Flamengo, Fluminense, Internacional, Grêmio, Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba, Atlético, Figueirense, Criciúma.
Caso a definição dos outros dois participantes siga o mesmo critério, ou seja, a lista da CBF, entrariam na disputa o Avaí e o América-MG.
A nova fórmula esboçada dividiria as equipes em três grupos de quatro clubes. Avançariam ao mata-mata os vencedores das chaves e o melhor segundo colocado. Após duelos de ida e volta na semifinal, a decisão seria em partida única.
O planejamento da competição, incluindo a negociação dos direitos de transmissão, serão discutidos em novo encontro, desta vez na Arena da Baixada, na próxima quinta-feira (8).
O primeiro passo, no entanto, que é o reconhecimento por parte da CBF, está engatilhado. No encontro realizado na sede da entidade, Del Nero pediu 48 horas para formalizar o apoio ao torneio.
De acordo com os participantes da reunião, o presidente da CBF demonstrou ser favorável à disputa e pediu dois dias para consultar o departamento jurídico.
De acordo com o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, que esteve na reunião, o prazo servirá apenas para que a CBF resolva a questão burocrática. “O Del Nero concordou, mas precisou mandar a documentação para o departamento jurídico. O clima foi amistoso”, relatou Bacellar, que está empolgado com a chance de disputar a Sul-Minas-Rio no primeiro semestre de 2016. Principalmente por causa do aspecto econômico.
Bacellar ressaltou que o Estadual é deficitário para o clube. “A gente inicia o ano com déficit de caixa e, quando chega no fim do ano, sentimos esse peso. Faz falta esse dinheiro. A pré-temporada custa caro e o Paranaense não traz retorno financeiro. Cada vez que abrimos o estádio temos um prejuízo de R$ 70 mil”, concluiu.