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A Polícia Militar (PM) fará na segunda-feira (25) uma reunião para definir o esquema de segurança para a partida entre Corinthians e Millonarios, na próxima quarta-feira (27), pela Libertadores. Por determinação da Confederação Sul-Americana de Futebol, o jogo será disputado com portões fechados.

Apesar de esperar uma grande quantidade de corintianos no entorno do Pacaembu, a polícia diz que esse não é um caso que demande um número maior de oficiais nas ruas e que a praça Charles Miller, que fica em frente ao portão principal do estádio, estará liberada para a concentração de torcedores.

"A praça Charles Miller é um espaço público, tem o direito de livre manifestação. Se a torcida se reunir para acompanhar o jogo, obedecendo à ordem, não terá problema algum", disse o tenente Thiago Depieri, que integra o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

"Como qualquer cidadão, a torcida tem o direito de manifestação, isso não envolvendo a baderna e a desordem pública", concluiu.

O Corinthians, contudo, tenta suspender a decisão da Conmebol. O diretor jurídico do clube, Alberto Bussab, afirmou que vai apresentar um recurso contra a punição.

Vizinhança

Os vizinhos do estádio do Pacaembu temem a realização do jogo do porte da Libertadores com portões fechados e dizem que os pedidos por mais policiamento nunca são atendidos.

"Pedir é uma inutilidade muito grande. Sempre temos receio. Temer por alguma coisa é algo constante. Para nós é muito preocupante", disse Iênidis Benfati, presidente do conselho deliberativo da Associação Viva Pacaembu, formada por moradores do bairro.

"Ainda que possa se dizer que lá na Bolívia foi um incidente infeliz, mas isso mostra o tipo de comportamento da torcida. Há algo que a gente possa fazer? Nada. A população é refém dos torcedores", afirmou.

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