Três jogadores que faleceram nesta terça-feira (29) após a queda do avião que levava a Chapecoense para Medellín, na Colômbia, pertenciam ao Cianorte e estavam emprestados ao clube catarinense. São eles o zagueiro Marcelo, o lateral-direito Gimenez e o atacante Canela. O trio do interior paranaense está entre as vítimas fatais do acidente que vitimou 71 pessoas.
“O momento é de luto total na cidade e no clube”, afirma Adir Kist, ex-goleiro e gerente de futebol do Cianorte, que foi comandado pelo técnico Caio Jr na equipe entre 2004 e 2005. Além de Marcelo, Gimenez, Canela e Caio Jr, outros três atletas que morreram tinham passagem pelo clube do interior do estado: o goleiro Danilo, o zagueiro Neto e o meia-atacante Thiaguinho. “Tínhamos uma relação muito forte com a diretoria da Chape. Sempre que buscavam jogadores no interior do Paraná nos procuravam. A gente está sofrendo demais”, complementa Kist.
Nascido em Cianorte, o goleiro Danilo, herói da classificação da Chape à final da Sul-Americana com o Atlético Nacional com uma defesa no último minuto da partida de volta com o argentino San Lorenzo, começou a carreira no Leão do Vale, onde jogou quatro anos, de 2004 a 2007. Além dele, passaram pelo clube do Noroeste do estado o zagueiro Neto, que jogou em 2008 no Cianorte, e o atacante Tiaguinho, em 2015.
Danilo e Neto chegaram a ser resgatados com vida dos destroços. O goleiro, entretanto, não resistiu aos ferimentos e faleceu. Já o zagueiro Neto está na clínica San Juan de Dios, internado em estado crítico. O defensor teve fraturas no crânio, abdômen e fraturas expostas nos membros inferiores.
Mas quem realmente marcou história na equipe foi o técnico Caio Jr despontou como treinador no comando do Leão do Vale. Primeiro, ele comandou a equipe na conquista do título do interior em 2004, quando a equipe terminou na terceira colocação o Campeonato Paranaense e conquistou uma vaga na Copa do Brasil de 2005. Na competição nacional, o Cianorte conquistou o maior feito de sua história. Em casa, a equipe paranaense venceu o Corinthians de Tevez, Mascherano, Roger, Carlos Alberto e Nilmar por 3 a 0. O clube não resistiu à pressão no jogo de volta, perdendo por 5 a 1, mas o resultado na primeira partida marcou a história do clube.
“O Caio era um cara espetacular, um gestor maravilhoso, muito articulado para gerir grupos, com equipes sempre coesas e falando as coisas sempre de frente”, elogiou Adir o treinador, com quem além de ser comandado foi também companheiro de time como atleta, no São José-RS, no fim dos anos 90.
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