Vaná saiu da sombra para uma escalada respeitável na meta coxa-branca. O goleiro assumiu as luvas titulares nesta temporada e acumula seis partidas sem sofrer gols. A solidez defensiva honra o seu propósito de provar que com apenas 23 anos teria a segurança suficiente para ser o camisa 1 do Coritiba.
A fase inviolável pode fazer com que ele quebre quatro recordes em apenas um jogo. No apito inicial, sábado (21), contra o Cascavel, ele entra no gramado do Couto Pereira, com a 11.ª maior invencibilidade do Coxa, com 548 minutos sem gols. Aos 19 minutos de jogo, chegará a 567, alcançando a marca estabelecida em conjunto por Romeu (2 partidas) e Altevir (4 partidas) em 1987. Ainda no primeiro tempo, aos 24 completará 572 assegurados a Anselmo e Renato (3 partidas cada) em 1993. Os 601 de Roberto Costa (6 partidas) em 1981 será ultrapassado aos 53 minutos. E se resistir até os 89 minutos do jogo, chegará a 637 e ao 7.º posto, ocupado por Jairo desde 1974. (Veja, ao fim do texto, o infográfico completo com as marcas que Vaná pode quebrar )
“Acho que essa boa fase é fruto do trabalho de todo o grupo, que vem assimilando muito bem as funções táticas que o Marquinhos [Santos] nos pede, passando pelos jogadores de frente até nós do sistema defensivo. É um grupo que está buscando seu espaço e os resultados apareceram. Mas somente com nosso trabalho é que vamos conseguir manter isso”, afirmou o jogador à Gazeta da Povo. “Eu estou feliz pelo reconhecimento do momento, mas sei que há muito ainda para crescer como profissional e estou buscando meu espaço, amadurecendo jogo a jogo”, acrescentou.
A formação com dois zagueiros e três volantes fortaleceu a retaguarda alviverde e ajudou a impulsionar o substituto de Vanderlei, negociado com o Santos.
“Queria ser avaliado jogando porque estava preparado para aproveitar essa oportunidade. O Vanderlei ficou oito anos no clube, é um dos grandes goleiros que passaram aqui, fez mais de 300 jogos. Tinha uma liderança reconhecida no elenco. Como goleiro, então nem precisa falar. Mas não tem comparação nenhuma”, explicou o jogador.
Se ele recusa semelhanças com o antecessor, acabou sofrendo com outra comparação. Por causa da habilidade com os pés na saída de bola, viu um apelido se propagar nas redes sociais: VaNeuer – mistura do seu nome e do goleiro campeão do mundo com a Alemanha. Ele mesmo reconheceu que o apelido era demais e pediu calma para a torcida.
E foi exatamente com os pés que ele falhou em uma saída de bola contra o Foz na única derrota da equipe da temporada e última vez que o time sofreu gols.
Desde então, o jogador, que é um dos líderes no vestiário, cuja postura foi elogiada pelo próprio Alex, começou a conquistar a torcida alviverde. Ninguém lembra que ele começou no rival Atlético. Nem ele. “Terminei a base aqui, então me considero daqui”, resumiu Vaná, que subiu para o profissional em 2011.
“Vamos tentar ajudar para que ele conquiste cada vez mais marcas”, reforçou o zagueiro e capitão Leandro Almeida.
Jejum histórico
Além dos números possíveis de serem superados no sábado, Vanaílson, o Vaná, tem a oportunidade de entrar para um rol restrito de arqueiros no Alto da Glória, se conseguir manter o gol invicto.
Em 1973, Jairo somou duas séries de oito jogos sem levar gols. A primeira foi de 6 de maio a 10 de junho, e totalizou 845 minutos. A segunda durou de 15 de julho a 26 de agosto, somando 786 minutos invictos. Em 1978, Manga também ficou oito jogos invicto, somando 873 minutos. As três marcas foram estabelecidas apenas em Estaduais.
No topo dos arqueiros, Edson Bastos foi quem mais ameaçou o recorde histórico de Jairo (937 min/ 10 jogos - quatro pelo Estadual e seis pelo Nacional). O atual goleiro do Foz ficou oito jogos (sete pelo PR-2008 e um pela Copa do Brasil), até sofrer dois contra a Adap.
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