Zico confirmou nesta quarta-feira que será candidato à presidência da Fifa.| Foto: Antonio Lacerda/EFE

Maior ídolo da torcida do Flamengo, Zico, 62, confirmou nesta quarta-feira (10) que será candidato ao cargo de presidente da Fifa. Em entrevista no seu centro de treinamento no Rio, o ex-jogador da seleção disse que pretende suceder Joseph Blatter.

CARREGANDO :)

“Convoquei essa coletiva para ratificar minha decisão de ser candidato. Eu me sinto capacitado para isso”, afirmou Zico, que precisa do apoio de pelo menos cinco federações nacionais para oficializar a sua candidatura.

O ex-jogador acredita que consegue as cinco indicações, mas é contra o processo eleitoral da Fifa.

Publicidade

“É lógico que serão necessárias mudanças de regras no jogo, como está aí não há a menor possibilidade de concordância. Não só na Fifa, mas como na CBF em termos de federações. As indicações são um prenúncio para a corrupção, que é o que mais aflige a todos que somos do esporte”, acrescentou.

Na semana passada, Blatter decidiu entregar o cargo e convocar novas eleições após a prisão de sete dirigentes na Suíça acusados de corrupção. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi um deles. Ele é acusado de receber propinas na venda dos direitos de transmissão de torneios no Brasil e no exterior.

Há uma semana, Zico já havia anunciado que pretendia se candidatar. Neste período, ele contou que conversou com dirigentes e ex-jogadores para viabilizar a sua candidatura.

Um dos prováveis candidatos ao cargo de Blatter, o presidente da Uefa (entidade que controla o futebol na Europa), Michel Platini, foi um deles.

Publicidade

“Temos uma amizade de longo tempo. Podemos trocar papo sobre tudo. O Platini disse que seria melhor ser candidato na CBF, mas acho ainda mais difícil lá”, contou o ex-jogador.

Para homologar uma candidatura na CBF, o dirigente tem que ter o apoio de oito federações e cinco clubes.

“A troca de favores já começa ali. Sou contra esse processo”, completou Zico, que disputou as Copas de 1978, 1982 e 1986. Como treinador, ele trabalhou no Japão, na Turquia, Índia e Iraque. Esses países poderiam ajudar a sua candidatura.