Durou pouco mais de um mês a passagem de Ricardo Gomes pelo Coritiba em 2001. No rápido período de 38 dias em que ficou no comando do Coxa, o atual técnico do São Paulo esteve no banco de reservas em nove partidas e o desempenho não foi nada bom: seis derrotas, um empate e apenas duas vitórias. Estreou no dia 16 de agosto com um revés fora de casa contra a Portuguesa e acabou demitido em 23 de setembro depois de uma derrota diante do Fluminense (a quinta consecutiva), no Maracanã. Neste período, o Alviverde chegou a enfrentar o São Paulo. Perdeu por 1 a 0 no Couto Pereira.
Gomes chegou ao clube para substituir Ivo Wortmann, que havia trocado o clube pelo Cruzeiro. "A equipe tinha a cara do Ivo e foi difícil a adaptação do Ricardo ao estilo de jogo e ao sistema tático a que o time tinha se acostumado. Qualquer técnico que chegasse no clube naquela época teria tido dificuldade. Era preciso mais tempo para ele trabalhar", diz o assessor de imprensa do Coritiba em 2001, Adriano Rattmann.
Com resultados ruins, três histórias acabaram marcando a passagem do treinador. A primeira foi não ver o potencial de Liédson, que logo após suas saída tornou-se titular e desandou a fazer gols pelo Coritiba. A segunda, a derrota por 3 a 2 para o Botafogo, em que parte do time titular não pode ir a campo com problemas estomacais.
A outra, na saída de um programa de tevê em que recebeu de presente um vinho de qualidade bem diferente àquela a que ele estava acostumado a tomar na França.
"O time tem 11 titulares e mais uns três jogadores que entram sempre. Então só me tragam de volta aqui em 14 semanas. E pode levar esse vinho", disse a um funcionário do clube. Gomes não chegou perto de durar as 14 semanas.