O clássico do dia 22 de abril ainda não saiu da cabeça da diretoria do Atlético. Naquele dia, precisando de uma vitória para decidir o título estadual, o Rubro-Negro pela primeira vez na história perdeu para o Paraná na Arena (1 a 3) e elegeu um culpado: o juiz Héber Roberto Lopes. A expulsão de Netinho aos 37 do primeiro tempo foi decisiva, no olhar atleticano. Com um a menos, ficava difícil conseguir a vitória. Por isso, a escolha do mesmo árbitro para o clássico de amanhã não caiu bem na Baixada.
Em nota oficial publicada ontem à tarde, o Atlético repudiou Héber e insinuou novamente um complô contra si, lamentando a "insensibilidade" da CBF. "O CAP não pode entender e concordar com a insensibilidade da CBF em escalar o árbitro paranaense Héber Roberto Lopes, (...) um árbitro da FPF e que tem um histórico de prejuízos ao Atlético", diz trecho da nota, não-assinada.
No balaio, a diretoria do Furacão ainda mistura a guerra política pela Copa, que envolve o ex-presidente da Federação Paranaense: "Simplesmente não dá para entender o que Héber faz em um jogo importante do Brasileiro. É explícita a guerra declarada por Onaireves Moura ao CAP. Por tudo isso, o clube não pode aceitar a arbitragem desse juiz, uma vez que todos sabem dos prejuízos que a Federação quer causar ao Furacão", alerta a carta.
Na visão do presidente do Paraná, José Carlos de Miranda, pura tentativa de intimidação do apito: "Essa nota é obviamente uma forma de pressionar. Não acredito que surta resultado, mas estão no direito de espernear", disse o dirigente, sempre um enfático defensor das coisas da terra. "Como paranaense só posso lamentar, pois o Héber é reconhecidamente um dos melhores do Brasil. Fazemos de tudo para engrandecer o nosso estado e o nosso futebol, mas o clube do fim da rua é contrário à arbitragem local há muito tempo", cutucou. (NA e NF)
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