História mostra que a virada é possível

Monza, Itália - Quais as chances de Rubens Barrichello ser campeão da Fórmula 1? Afinal, apesar de ele ter diminuído a diferença que o separa do líder Jenson Button nas últimas três etapas, passando de 26 para 14 pontos, restam apenas quatro etapas para o final da temporada. Ou seja: o brasileiro tem pouco tempo para tirar a boa vantagem do inglês.

Com o atual sistema de distribuição de pontos da Fórmula 1, em que a diferença do primeiro para o segundo colocado é de apenas dois pontos (são 10 para o vencedor), a lógica sugere que Rubinho deve continuar na progressão recente e ainda torcer para que Button não se classifique entre os oito melhores ao menos em uma prova.

A história recente da Fórmula 1 tem um exemplo de superação ainda mais difícil que o desafio de Rubinho. Em 2007, depois de sua vitória no GP do Japão, o inglês Lewis Hamilton, da McLaren, abriu 17 pontos de vantagem sobre o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari. E restavam apenas as corridas da China e do Brasil, com 20 pontos em jogo.

Em Xangai, Hamilton errou na entrada dos boxes e não marcou pontos, enquanto Raikkonen venceu. Ainda assim, no Brasil, a possibilidade de o jovem inglês ser campeão era grande, já que a diferença entre ambos era de sete pontos. Mas Hamilton errou de novo e foi apenas o sétimo colocado. E Raikkonen ganhou outra, ficando com o título.

Já em 1983, o francês Alain Prost, da Renault, abriu importante vantagem sobre o brasileiro Nelson Piquet, da Brabham, ao longo do campeonato, mas Piquet venceu as duas provas antes da etapa final, na África do Sul. Ainda assim, Prost estava na frente: 57 a 55. Mas ele abandonou a corrida, dando o título a Piquet, que foi terceiro.