Aos 33 anos, Gilberto Silva chega às vésperas de sua terceira Copa do Mundo como titular da seleção brasileira. Já foi dono absoluto da posição, como também já sofreu duras críticas. Uma história com capítulos parecidos com o de Cafu, que reinou na lateral direita do Brasil entre 1998 e 2006. Não à toa, o capitão do penta é o exemplo a ser seguido pelo volante do Panathinaikos.
"Eu tive a experiência e a oportunidade de conviver com Cafu na seleção. Ele é um espelho para mim. Já era fã antes de conhecê-lo. Depois, trabalhar com ele na seleção foi muito importante. Eu sempre ouvia falar da condição física dele, e no dia a dia vai muito além disso", disse o ex-jogador do Atlético-MG por telefone, de Atenas.
Gilberto Silva estreou com a amarelinha no dia 7 de novembro de 2001, contra a Bolívia (derrota de 3 a 1). Em junho do ano seguinte, fazia sua primeira partida em uma Copa do Mundo: 2 a 1 sobre a Turquia, o início da caminhada do penta no Japão e na Coreia do Sul. Até hoje, foram 91 jogos e três gols, com os títulos do Mundial de 2002, da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações em 2005 e 2009.
Para o volante, a derrota em 2006 não deve ser esquecida. Principal favorita ao título, a seleção caiu nas quartas para a França e saiu bastante criticada, principalmente pelo mau rendimento de suas estrelas, como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Cafu, que não estão nos planos de Dunga para a África do Sul.
"Para quem ficou restou uma lição muito dura. O que a gente quer, o que procura fazer desde que o Dunga assumiu, é mudar a forma que as pessoas vêem a seleção após 2006. Pouco a pouco fomos conseguindo isso. É um trabalho em conjunto, de jogadores, comissão, pessoal de apoio, para devolver a confiança do torcedor", afirmou.
Durante uma fase complicada e prejudicada por lesões em seu último ano de Arsenal, clube que defendeu de 2002 a 2008, Gilberto deixou de ser unanimidade para ser alvo de críticas na seleção. A mudança para o Panathinaikos e o surgimento de um novo parceiro na frente da zaga melhoraram as atuações do ex-atleticano: Felipe Melo.
"Houve um equilíbrio, em termo de entrosamento. Eu e ele somos jogadores de marcação, mas com características diferentes. Felipe defende muito bem e sai mais ao ataque do que eu. Eu fico mais à frente da defesa. Ele tem muita qualidade, personalidade. Desde a estreia dele contra a Itália (fevereiro de 2009) parecia um veterano na seleção", analisou.
A presença de Dunga como treinador também serviu como aprendizado para Gilberto Silva, que virou fã do técnico como volante e capitão do Brasil no tetra em 1994. Desde que assumiu a equipe, o ex-jogador conversou bastante com o pentacampeão sobre a posição.
"Pela experiência que ele tem como o jogador que foi, sempre tem algo importante a passar para a gente. Ele me orienta em momentos que eu estou mal posicionado, a forma de chegar na bola. Estou sempre querendo aprender, mesmo sendo um pouco mais experiente. Ele passa da maneira dele, bem simples, para que todos entendam o objetivo da seleção, que é ser campeã", concluiu.
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