FICHA TÉCNICA: Confira os detalhes e lances de Iraty x Atlético-PR
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"Futebol é bola na rede"
O zagueiro Chico, que voltou a jogar na posição na qual se consagrou ano passado, avaliou o desempenho do Furacão neste sábado.
"Não temos que esquecer esse jogo, mas sim pegá-lo como exemplo de determinação e vontade. Sabemos que aqui não é fácil de jogar, ainda mais com um a menos. Não ficamos atrás e procuramos o gol. Levaremos essa determinação para os próximos jogos".
Chico acredita que se Javier Toledo não tivesse sido expulso, a sorte do jogo poderia ser outra. "Se estivessemos em igualdade, dava para sair jogando. Mas futebol não é merecimento, mas bola na rede. O Iraty teve a felicidade de fazer o seu gol".
Na última rodada, o Furacão pega o Paranavaí. "Não temos como ficar mais em primeiro, mas na 2ª colocação é bom também. Ganha um ponto extra e manda seis jogos em casa".
A torcida do Coritiba vibrou muito neste sábado (13), mesmo sem a equipe ter entrado em campo. Em Irati, no estádio Emílio Gomes, o time da casa venceu o Atlético Paranaense por 1 a 0 (gol de Sílvio, aos 10 do segundo tempo) e acabou beneficiando a equipe Alviverde, extinguindo com chances do Rubro-Negro alcançar o rival na tabela de classificação.
Com isso, o Coxa conquistou o supermando do Campeonato Paranaense, ganhando dois pontos extras na fase final e o direito de mandar os sete jogos decisivos no estádio Couto Pereira. Além disso, conquistou também o Troféu RPC TV 50 anos.
O Azulão e o Furacão garantiram suas classificações para a fase final.
A disputa pela segunda colocação da primeira fase, entretanto, segue mais acirrada do que nunca. Com o resultado deste sábado, o Atlético permanece com 22 pontos, na 2ª colocação, enquanto o Iraty vai aos 21, logo atrás do adversário. Quem terminar na vice-liderança conquista um ponto extra na fase seguinte, além do benefício de mandar seis, dos sete jogos da fase final, em seus domínios.
"Infelizmente não deu. Jogar com um a menos complica demais. Mas a equipe esta de parabéns, pois não ficou atrás e partiu para cima do adversário. Infelizmente, numa bola parada, tomamos o gol. Ainda só dependemos das nossas forças para garantir o segundo lugar, que esta ameaçado, mas temos que parar de pensar em outros e pensar um pouco mais em nós mesmos", avaliou o zagueiro Chico.
Na próxima rodada (a última da primeira fase) o Furacão recebe o Paranavaí na Arena da Baixada, enquanto o Azulão vai até o Noroeste do estado para encarar o Cianorte, no estádio Albino Turbay.
O jogo
A grande dificuldade do Atlético não foi se adaptar ao estilo de jogo do novo treinador. Após a demissão de Antônio Lopes, no início da semana, o ex-auxiliar Leandro Niehues assumiu a equipe prometendo uma mudança na postura tática da equipe, saindo da defensiva (preferira de Lopes) e passando para a ofensiva (trunfo do novo comandante atleticano para ganhar moral com a torcida).
O que nem Niehus, nem os torcedores esperavam, é que o Iraty fosse a campo sem o mínimo de pudor. Os comandados de Gilberto Pereira entraram na partida dispostos a deixar bem claro de que o time da casa era o Azulão, terceiro colocado do campeonato até então. Após alguns minutos tentando encontrar o melhor posicionamento, os times começaram a mostrar as suas cartas.
Antes que alguém chegasse com perigo real ao gol adversário, o primeiro lance polêmico do jogo roubou as atenções. Aos 12 minutos, após receber uma falta de Gilvan, Javier Toledo se levanta para tirar satisfações com o adversário e lhe dá uma peitada, na frente do árbitro Edivaldo Elias da Silva. Ele esperou os jogadores se acalmarem, mostrou amarelo para o jogador do Iraty e expulsou o atleticano sem pestanejar.
Iraty melhor, mas sem objetividade
Após a expulsão do atacante adversário, o Iraty conseguiu evidenciar sua superioridade sobre o adversário. Com um a mais, o Azulão conseguiu cercar o Atlético e chegou com perigo algumas vezes. A melhor delas saiu dos pés do artilheiro da equipe, Ceará. Depois que recebeu de frente para o gol, ele abriu espaço e chutou forte. Neto fez a boa defesa aos 37 minutos.
Se não foram criadas muitas chances, o Azulão teve o domínio da posse de bola. "É complicado. Com um jogador a menos fica bem difícil. Temos nos empenhado ao máximo para tentar levar um bom resultado para casa", disse o volante Valência. "Sem um jogador dificulta. Esta difícil para caramba, pois eles estão marcando muito. Vamos tentar um golzinho de bola parada ou encaixar uma jogada", comentou Rhodolfo.
Mudança nas peças, mas não na atitude
No começo da segunda etapa a entrada de Tartá criou a falsa impressão de que o Furacão viria com todas as suas armas, de fôlego renovado, para buscar o resultado. O empate, naquele momento, tiraria do Rubro-Negro a chance de continuar brigando pelo supermando. Após alguns minutos de correria, o Atlético logo diminuiu o seu ritmo.
E se o empate já não era uma boa, a derrota criaria mais um problema. Além de dar adeus à liderança, o Furacão teria o Iraty em sua cola para a última rodada, ameaçando-lhe o posto de vice-líder da fase classificatória.
Aos dez minutos do segundo tempo o time da casa soltou o grito no estádio Emílio Gomes. Airton cobrou falta com capricho da direita, ninguém apareceu para completar ou cortar e, na caída da bola, Sílvio empurrou para as redes, abrindo o placar para o Azulão.
O jogo ficou cada vez mais tenso. Vendo as chances de terminar o 1º turno na frente do rival Coxa ir por água baixo, o Atlético passou a apresentar um futebol nervoso e sem amarras táticas. Na base do desespero, abria espaços e quase foi surpreendido em algumas oportunidades. As mudanças de Gilberto Pereira e Leandro Niehues deixaram o jogo mais ágil, mas a tensão fez com que a habilidade sumisse.
No fim, sobrou festa para o Azulão e decepção no Furacão.
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