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Diego Hypólito coloca em prática amanhã, às 7 horas (de Brasília), um planejamento de oito anos. O ginasta, bicampeão mundial no solo em 2005 e 2007, queria ter ido para a Olimpíada de Atenas, há quatro anos, mas esbarrou na decisão da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que optou por levar o gaúcho Mosiah Rodrigues na única vaga conquistada pelo país na modalidade.

O argumento usado na época pela entidade foi que Mosiah era mais completo do que Diego. "Em Atenas, eu já tinha chance de ir para a final, mas não pude porque não tive condição", afirmou, durante uma das raras entrevistas em Pequim.

O paulista de 22 anos está completamente concentrado em brigar por uma medalha em seu principal aparelho. Por isso o contato restrito com a imprensa. Ele tem evitado também a badalação na Vila Olímpica. Dorme cedo (por volta das 22 horas) e só sai em companhia do técnico e melhor amigo Renato Araújo. "Estou mais do que feliz por ter chegado à decisão. Se não entrasse, me sentiria muito frustrado", disse. "O fato de não existir favoritismo na minha prova me dá mais segurança", acrescentou, evitando ele mesmo se incluir no conjunto de atletas que brigará pelo pódio.

Um possível sucesso de Diego nesta Olimpíada colocaria fim também a uma espécie de maldição que colou nos brasileiros campeões mundiais na China.

João Derly, dois títulos no judô, foi o primeiro a decepcionar, sendo eliminado ainda nas fases intermediárias. O mesmo aconteceu com outros dois judocas: Tiago Camilo e Luciano Corrêa – o bronze de Camilo soou como prêmio de consolação para quem desembarcou no Oriente com a fama de Sr. Ippon, por varrer os adversários no Mundial do Rio de Janeiro, no ano passado.

A praga chegou igualmente ao vôlei de praia. Por causa de uma grave lesão no joelho direito, Juliana não conseguirá defender ao lado da parceira Larissa o troféu de melhor dupla do planeta em Pequim – Ana Paula é a substituta.

Outros que estão se complicando são os jogadores do vôlei masculino. O insucesso recente na Liga e a campanha irregular até aqui nos Jogos indicam que os comandados de Bernardinho terão bem mais trabalho do que se poderia imaginar para conquistar o bi olímpico.

Ricardo e Emanuel, também no vôlei de praia, e o velejador Ricardo Winick, o Bimba, completam o grupo de brasileiros com título do mundo na China.

"A pressão é relativa, cada um sente de um jeito. Encaro a Olimpíada como mais uma competição, sem susto. Estou preparado. Fiz sessões com um psicólogo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e gostei. Não costumo ficar nervoso", comentou Diego. (CEV)

Na TV

Ginástica (solo masculino), às 7 h (amanhã), na RPC TV, Band, BandSports, ESPN Brasil e SporTV.

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