Zico é um dos maiores responsáveis pela evolução do Japão no futebol. E foi dele a idéia também de desenvolver o futsal japonês. Para isso, levou para lá o técnico brasileiro Sérgio Sapo, em 2003. Agora, cinco anos depois, Sérgio Sapo irá comandar a seleção japonesa no Mundial, cuja estréia será justamente contra o Brasil, nesta terça-feira, em Brasília.
Campeão mundial como jogador da seleção brasileira, em 1992, Sérgio Sapo sabe que será difícil vencer na estréia. Mesmo porque, o Japão nunca conseguiu ganhar do Brasil no futsal. Mas ele quer, pelo menos, incomodar os donos da casa.
"Antes de vencermos a Copa da Ásia, em 2006, nós fizemos cinco jogos contra a seleção brasileira", lembrou o treinador da seleção japonesa. "Num desses jogos a gente perdeu de um gol só. A nossa marcação melhorou muito."
A idéia de Sérgio Sapo é causar dificuldades ao Brasil para ganhar moral para vencer os demais adversários da primeira fase do Mundial (Ilhas Salomão, Rússia e Cuba). Assim, um sonho se tornaria realidade: ficar com a segunda vaga no grupo, atrás justamente dos brasileiros, e avançar à segunda fase.
Para conseguir o objetivo, a esperança de Sérgio Sapo é o ala Rikarudo Higa, que também é brasileiro e foi para o Japão atrás de espaço no futsal. Seu nome de batismo é Ricardo, mas mudou devido à naturalização. "Financeiramente vale a pena", explicou o jogador, que admite o embaraço por enfrentar o Brasil. "Quando toca o hino a gente lembra da infância, vêm à cabeça imagens da família. Mas, na hora que a bola rola, a gente esquece tudo isso "
Sobre o jogo, Ricardo mantém os pés no chão. "Olha, quando você tem a chance de jogar contra, já tem porcentagem de ganhar", afirmou o jogador da seleção japonesa. "O Brasil é favorito. Mas, dentro dessa pequena porcentagem, temos que nos concentrar e buscarmos nos superar para tentar um resultado positivo."
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