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O ano nem bem começou e já aconteceu tanta coisa ruim que tem gente querendo trancar a matrícula de brasileiro para tentar de novo mais adiante.

Ninguém com pelo menos dois neurônios funcionando pode ter-se surpreendido com o despreparo do velho-novo governo para lidar com os graves problemas nacionais e essa avalanche de denúncias de corrupção dentro da Petrobras, a maior e mais valiosa empresa brasileira.

Respingou no esporte, é claro, iniciando com a nomeação do novo ministro da área: foi escalado para o lugar de Aldo Rebelo, catapultado para o ministério de Ciência e Tecnologia – sai de baixo! –, o deputado mineiro, radialista, pastor evangélico, teólogo e animador de auditórios, George Hilton.

E ainda tem gente querendo pegar no pé dos recém-eleitos dirigentes do Coritiba porque eles iniciaram a formação do elenco com a contratação de Negueba.

Je suis Negueba, como sou defensor da liberdade de expressão e dos direitos humanos de todos aqueles que habitam esse confuso planeta.

Negueba e seus companheiros do novo Coxa podem não ser nenhuma Brastemp, mas é preciso dar tempo ao tempo para a formação de um juízo de valor. Deixem que eles mostrem suas qualidades e especialidades durante o bravo Campeonato Paranaense que se aproxima para depois, sim, organizar um júri do tipo "Vai para o trono ou não vai?".

Como quase sempre no futebol doméstico dos últimos tempos, o Atlético saiu na frente e mandou a sua companhia de espetáculos para uma promissora excursão pela Espanha.

Segundo os entendidos em futebol atleticano, é preferível engrenar a equipe longe dos olhos críticos da oposição e dos urubus da crônica esportiva local do que correr atrás da bola debaixo desse sol escaldante nos gramados de Prudentópolis, Foz do Iguaçu, Rolândia e outros recantos. Isso é tarefa para o grupo sub-23, mesmo que o título de campeão estadual seja o único efetivamente ao alcance do Furacão.

O Paraná segue a tradição de manter sua sofrida torcida sob intenso suspense, pois ninguém sabe direito a escalação do time e muito menos as suas reais possibilidades técnicas nos torneios que se aproximam da abertura oficial da temporada futebolística nacional.

A esperança de bom futebol no Estadual está depositada mesmo em alguns clubes do interior, com destaque ao Londrina, o atual campeão; ao Maringá, vice, que promete repetir a boa campanha do ano passado; Cascavel e Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, que se esmeraram na preparação.

O Fantasma, além de mudar a diretoria com a reunião de um grupo de empresários da cidade para apoiar o clube, melhorou o gramado e trocou as cadeiras na arquibancada de Vila Oficinas.

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