Tcheco anunciou ontem de forma definitiva que o momento de arquivar as chuteiras chegou e é irreversível. Perdemos um jogador com dignidade profissional, lutador, talentoso e líder de postura acima de qualquer suspeita. Fica o ídolo formado no curso de muitos anos de dedicação profissional e afetiva ao futebol. Limpo como desportista, sempre tratou a bola e os adversários com respeito. Levou torcidas do Brasil e do mundo ao embargo causado pela emoção que sempre emergiu do coração.
Tcheco lega aos paranaenses uma exemplar história de atleta disciplinado e estimado por todas as torcidas. Começou sua vida de jogador no Paraná Clube, no time de futebol de salão. Jogou no exterior, foi ídolo do Grêmio de Porto Alegre e do Coritiba, onde colheu sua maior tristeza: não ser campeão da Copa do Brasil pelo Alviverde. A maior mágoa, a maneira como foi dispensado pelo Paraná Clube presidido por Dilso Rossi. Um dos erros cruciais que dirigentes produziram sem noção da extensão de atitudes impensadas e despidas de capacidade gerencial.
A maior homenagem quem presta a Tcheco, homem simbólico do mundo do futebol, é a grandeza de caráter de Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Glorioso. A gratidão pelo trabalho do guerreiro aposentado é representada pelas funções que assume no futebol do seu último clube. O reconhecimento às pessoas do bem é mais valioso quando o homenageado sente no coração e no cérebro o calor do amor que só os humanos sabem produzir.
Tcheco, obrigado pelos exemplos de desportista e cidadão que você passou aos nossos jovens. Seja feliz!
Paraná e Atlético
Sobem na classificação e inspiram confiança em suas torcidas. Os dois times viveram diferentes situações críticas, antes mesmo de começar o Campeonato Brasileiro. A Série B para ambos é abismo difícil de ser suportado. Com superação e organização, rendendo frutos imediatos, o Paraná está vencendo desafios, o mais cruel deles o tratamento que recebe do Clube dos Treze, uma panelinha que privilegia uns e pune clubes como o Paraná. A desigualdade é brutal.
O Atlético outra vez começou o ano como terminou 2011. Mal no futebol, com falhas na administração. A esperança é a intervenção do técnico Jorginho na formação do time e do elenco. Se depender das promessas eleitorais, e não cumpridas, o Rubro-Negro será torturado sem piedade.
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