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O cenário do jogo foi arrumado com carinho e quem aproveitou o clima de festa foi o Palmeiras, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o mais copeiro dos treinadores brasileiros. As esperanças dos coritibanos foram revitalizadas com o golaço de falta de Ayrton colocando o Coritiba na frente. Faltava mais um gol, sem tomar nenhum, para levar o jogo para os pênaltis.

Inútil a expectativa que causou taquicardia em muitos torcedores. E a situação ficou grave quando a jogada mortal do Palmeiras foi repetida. Marcos Assunção bateu falta, em minha opinião inexistente, direcionando a bola à cabeça de Betinho que superou a vigilância dos zagueiros e do goleiro Vanderlei. Lance que sepultou a nova tentativa paranaense de ganhar a Copa do Brasil e voltar à Libertadores. O jogo decretou o ressurgimento do Palmeiras com um título nacional e nova decepção do Coritiba. Foi o décimo título nacional do time apenas mediano, tecnicamente, dos verdes de Parque Antártica. Ao Coritiba resta o consolo da segunda decisão consecutiva da Copa do Brasil e terminar como vice-campeão. O Coritiba não foi covarde, lutou até o limite. As lágrimas da grande torcida alviverde são a representação de uma tristeza profunda, mas natural em jogo imprevisível pela dificuldade. Para o Coritiba, a certeza de que a luta continua.

Futebol de mãos sujas

Ricardo Teixeira e seu ex-sogro João Havelange foram flagrados pegando dinheiro ilegal na comercialização dos direitos de transmissão de eventos da Fifa, especialmente Copas do Mundo. Podem dizer que sou saudosista, mas faz falta a convivência do tempo em que o futebol era uma insuspeita diversão. O popular esporte foi transformado em negócio milionário para dirigentes sem vergonha na cara e indecentes sob todos os pontos de vista. Uma lástima.

Mais um item para aumentar o descrédito brasileiro no ranking internacional da corrupção. Nossos irmãos não merecem isso. Os pobres torcedores que se ajoelharam para comprar ingressos para a decisão da Libertadores e para os jogos finais da Copa do Brasil são iludidos por muitos malandros que se infiltram nas entidades esportivas só para amealhar dinheiro fácil, não importando que sua procedência seja tão suja quanto o perfil ético dos farristas da desonestidade.

A justiça da Suíça exigiu da Fifa a divulgação dos resultados das investigações que concluíram pela sujeira que os dois brasileiros fizeram sem ruborizar a face. Na CBF e na Fifa, Ricardo Teixeira e João Havelange fizeram muito mais, conspurcando a história do futebol brasileiro.

Ontem o Senado Federal cassou o mandato de Demóstenes Torres. Como ele outros tantos brasileiros deveriam ser banidos da vida pública do país, incluindo-se aí os canalhas que tiram leite da boca de crianças miseráveis, usando o dinheiro da merenda escolar para fins pessoais, só para exemplificar. Não precisaria acontecer mais nada para o Brasil ter vergonha de sediar a Copa de 2014.

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