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Depois de passar 17 anos na elite do futebol brasileiro, o Atlético viveu novamente as aventuras da Segundona e deve ter aprendido boas lições.

Voltou com dificuldade, mas voltou, e a sua torcida comemorou ruidosamente o feito que chegou a parecer inalcançável diante dos equívocos cometidos no troca-troca de treinadores e na desesperada contratação de reforços com o campeonato em andamento. Acabou dando certo, indicando que a base está formada e não será tão difícil melhorar o padrão de jogo do Furacão para a próxima temporada, com a contratação de alguns jogadores com maior envergadura técnica.

Mesmo previsível nas substituições e pouco afeito a gestos melodramáticos ao lado do gramado durante os jogos, Ricardo Drubscky reuniu méritos indiscutíveis na conquista e os jogadores se superaram, pois ficou bastante clara a limitação técnica do elenco.

As revelações Cléberson, Deivid e Marcelo constituíram-se no destaque positivo de uma equipe briosa que revelou capacidade de reação na luta pela classificação.

Daqui para frente será indispensável uma reengenharia no futebol atleticano para que o time se fortaleça e esteja em condições de disputar a Série A no mesmo nível dos concorrentes.

Quanto ao Paraná, se os dirigentes continuam encontrando sérias dificuldades para administrar o clube e honrar os compromissos assumidos com os profissionais do futebol, estes responderam no campo de jogo com admirável dignidade.

Tanto o técnico Toninho Cecílio quanto os atletas honraram a camisa tricolor demonstrando respeito ao torcedor. Além disso, alguns jogadores se destacaram no plano técnico, abrindo possibilidades de boas negociações para ajudar na recuperação das depauperadas finanças paranistas.

Nova derrota

O Coritiba desmoronou nas últimas rodadas do campeonato, evidenciando o relaxamento dos jogadores após superarem a ameaça mais séria do rebaixamento.

Nem mesmo o jovem treinador Marquinhos Santos, com seu inseparável tablet, conseguiu passar ao grupo a dose necessária de motivação para conseguir pelo menos uma vaga na Copa Sul-Americana.

Ontem, na derrota para o Cruzeiro, novamente o time coxa-branca foi improdutivo, com alguns jogadores – como Lincoln e Rafinha, por exemplo – oferecendo claros sinais de fastio e vontade de entrar em férias. Só que a bola continua rolando e os profissionais necessitam dar uma resposta positiva no jogo de despedida com o Figueirense.

A temporada foi quase uma repetição da anterior, com a conquista do tri estadual e a tentativa de vencer a Copa do Brasil desperdiçada na primeira partida, quando foi superior ao Palmeiras e perdeu. No jogo de volta faltou garra e melhor técnica ao time para reverter a vantagem paulista.

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