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O técnico Antonio Lopes garante que a gurizada atleticana está experiente o bastante para suportar o público de 80 mil pessoas esperado para o Maracanã | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O técnico Antonio Lopes garante que a gurizada atleticana está experiente o bastante para suportar o público de 80 mil pessoas esperado para o Maracanã| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Flamengo joga para superar o Palmeiras

O Fluminense não é o único carioca a ter um confronto decisivo na rodada de hoje do Brasileiro. Na mais importante das quatro outras partidas marcadas para hoje, o Flamengo tem a chance de ultrapassar o Palmeiras na classificação.

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Antes do jogo, um golaço para Washington

A partida decisiva para Flumi­­nense e Atlético será mais importante ainda para o ex-atacante Washington, de 49 anos. Ídolo nos dois clubes, o artilheiro da década de 80 será homenageado com o "Washington Day" no Ma­­ra­­canã.

Sofrendo há mais de dois anos de esclerose lateral amiotrófica, rara doença degenerativa que afeta a fala, o sistema respiratório e os movimentos, o ex-jogador está dependendo de uma cadeira de rodas para se locomover. Por iniciativa do departamento de marketing do Flu, urnas serão colocadas em diversos pontos do estádio para arrecadar dinheiro que será revertido ao antigo goleador.

"Fico até comovido com essa inciativa do marketing do Flumi­­nense. É algo feito com muito carinho e admiração por mim", disse ele, por telefone, momentos após desembarcar na capital fluminense, na noite de sexta-feira.

Diversas campanhas para auxiliar no tratamento de Washington vêm sendo promovidas. Fred, atual camisa 9 do Tricolor carioca, até leiloou camisa para ajudar. Fato que comoveu o ídolo.

"O Fred nem me viu jogar e faz isso por mim. É algo que me deixa muito feliz. Certamente ele sabe o que representei para o clube", comenta.

Washington retornará ao Ma­­racanã pela primeira vez após quatro anos. Na última oportunidade em que esteve no estádio, cravou os pés na calçada da fama do estádio. Na época, a doença ainda não havia sido diagnosticada.

"Será uma emoção muito grande para mim. Logo em uma partida entre os dois clubes que eu aprendi a amar. Espero e torço muito para que nenhum dos dois seja rebaixado", revelou. (RL)

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Um Maracanã lotado com mais de 80 mil pessoas e um Flumi­nense empolgado por cinco vitórias seguidas. As adversidades que o Atlético enfrentará hoje, às 19h30, no Rio, já são muito co­­­nhecidas pelo experiente técnico Antônio Lopes.

Aos 68 anos, carioca, o Dele­­gado sabe muito bem como é enfrentar o principal estádio do futebol brasileiro repleto de torcedores. Sabe tanto que nem se assusta com a natural pressão que virá das arquibancadas.

"O Maracanã é neutro. O campo é grande e a arquibancada fica bem longe dos jogadores", afirma o treinador, sem medo do local onde o Fluminense bateu os ponteiros Palmeiras e Atlético-MG nas suas partidas mais recentes como mandante. "A gurizada já está bem experiente. Todo mundo já jogou em estádios grandes como Mineirão, Morumbi e Cou­­to Pereira com torcida contra", minimiza o técnico.

No entanto, no próprio elenco da Baixada há quem se mostre receoso com a situação. O zagueiro Éverton – substituto de Bruno Costa, que viajou com a delegação apesar de uma contusão no tornozelo direito – vai se apoiar nos mais experientes para não fraquejar no "maior do mundo".

"Temos vários jogadores acostumados com essas partidas e com essa pressão de estádio cheio. Vamos conversar muito com eles", admite o defensor. "Tomara que não tenha nem 70 e nem 80 mil. Tomará que tenha 90 mil e que venham para cima da gente mesmo. Não podemos ter medo", afirma o lateral-direito Nei, autor do seu primeiro gol pelo clube em um empate frente ao Fluminense, por 1 a 1, no Maracanã, pela Copa do Brasil de 2007.

Sete pontos atrás do Furacão na classificação (tem 36 contra 43 dos paranaenses), o Tricolor das La­­ranjeiras deve se atirar para ci­­ma dos visitantes. Pelo menos essa é a aposta dos atleticanos, que desejam explorar esse desespero para conseguir o resultado.

Se vencer, o Rubro-Negro es­­­panta definitivamente o risco de ser rebaixado. Entretanto, se perder, mantém o Fluminense vivo e deixa para as três rodadas finais a obrigação de se garantir na Pri­­meira Divisão.

"Não podemos arriscar. Por isso vamos em busca de pontos lá", avisa o zagueiro Rhodolfo. "Fomos obrigados a assistir o último jogo deles (contra o Cerro Por­teño, pela Sul-Americana, quarta-feira) para saber tudo da equipe deles. Mas no Brasileiro todos já se conhecem. É um jogo muito importante para nós", reforça Nei.

Com Marcinho suspenso, Wes­­ley deve ser adiantado ao ataque ao lado de Wallyson. O garoto Marcelo participou de parte dos coletivos da semana e deve ser novidade no banco. Na ala-es­­querda, a tendência é que Alex Sandro retome a titularidade, com Márcio Azevedo voltando de lesão ficando na reserva.

O Flu está há dez jogos sem perder, não sofreu gol nos três últimos e está sem desfalques para o jogo de hoje.

Ao vivo

Fluminense x Atlético, às 19h30, no SporTV e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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