O clima, como não poderia ser diferente, era péssimo no vestiário número 2 do estádio Orlando Scarpeli após a derrota do Paraná Clube por 4 a 0 para o Figueirense na noite deste domingo. A principal questão a ser respondida pelos membros da diretoria que estiveram em Santa Catarina era se o técnico Lori Sandri continua ou não no comando do Paraná.
Por enquanto, sim. "É um momento por demais complicado. Sabíamos que seria difícil e teríamos que redobrar os esforços e nos sacrificar para vencer. Temos que ter tranqüilidade, pensar e conversar muito para chegarmos a uma situação em que se possa criar energia para nos reabilitarmos. Tudo pode acontecer. Vamos conversar com o Aurival (Correia, dirigente e candidato à eleição no Paraná), com a comissão técnica e os jogadores para buscar o caminho da redenção", disse o vice-presidente de futebol paranista, José Domingos.
O diretor de futebol, Durval Lara Ribeiro, divide a mesma opinião com Domingos. "A gente tem que ter calma nessa hora. Sabemos que é um momento delicado, mas o time não está reagindo. Vamos tomar uma decisão com certeza, mas o problema do Paraná neste ano foram as trocas de treinadores. Vamos nos reunir e conversar sobre uma solução. Não podemos cometer mais erros que já foram cometidos".
Realidade é preocupante
José Domingos é realista em relação ao atual momento do Paraná. "Se já tínhamos dificuldades, elas ficaram ainda maiores. Temos que vencer cinco jogos de oito que vamos disputar. É muito difícil, mas vamos fazer de tudo para conseguir essas vitórias. Não sei de onde, mas temos que buscar forças. Nós já dissemos que nesta hora surge a emoção e nós devemos estar acima da emoção. Precisamos controlar isso. Estamos decepcionados e será uma viagem triste, difícil e longa de volta para Curitiba. Vamos conversar com o Lori para ver o que decidimos".
Sobre a ausência do atual presidente José Carlos de Miranda e a presença do seu candidato a sucessor Domingos comentou. "O Paraná tá num momento de transição administrativa. Nesta viagem foi o Aurival que veio como presidente, mas se fosse o presidente Miranda o time não ganharia também. Presidente não joga. Eles (jogadores) não conseguiram o que eles mesmos esperavam. Perdemos a partida, mas não a guerra".
Confiança
Vavá Ribeiro mantém a confiança. "Temos que acreditar sempre. Sabemos da qualidade dos jogadores. Discordamos de certas coisas, mas só eles que podem tirar o time dessa situação. No futebol nunca é tarde. Vamos pedir o apoio do torcedor e acreditar. Temos oito jogos. Não tem nada perdido e vamos buscar de qualquer jeito".
"O Luiz Henrique mesmo estava falando agora pouco nos vestiários que é o momento dos jogadores terem garra, determinação e profissionalismo. Nada de risos e tudo mais. Dedicação e treino, afinal só eles podem fazer esse trabalho de reabilitação", conclui Zé Domingos.